Nova Zelândia

Surfistas recebidos a bala

Tiros espantam surfistas em um pico conhecido pelo localismo na costa oeste da Nova Zelândia.

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Local onde ocorreram os disparos, na região de Albatross Point, costa oeste da Nova Zelândia.

Surfistas foram recebidos a tiros na última quinta-feira (16) enquanto desbravavam um pico remoto e conhecido pelo forte localismo na costa oeste da Nova Zelândia.

Uma bala chegou a atingir a água, bem próxima de um garoto de 14 anos. Os surfistas, que viajaram de jet-ski ao local localizado ao sul de Albatross Point, disseram à polícia que no total foram três disparos.

A polícia está investigando o caso, ocorrido na costa de Taharoa, perto da entrada do porto de Kawhia, e acredita que quem atirou foi motivado pelo fato de os três surfistas estarem “usando suas águas”, sem permissão.

Andy Connors, sargento da polícia do departamento de Ōtorohanga, conversou com os surfistas envolvidos e chamou o incidente de alarmante. “É extremamente perigoso e se você se colocar no lugar do garoto de 14 anos, muito assustador.”

Um homem local de Te Awamutu e seu companheiro de surfe de 25 anos haviam visitado o pico antes, e foram atraídos pelas boas ondas e pelo isolamento do local. O menino de 14 anos era filho de um deles.

Os dois homens e o adolescente estavam surfando no meio da manhã do dia 16 de agosto, quando ouviram os disparos. Connors disse que o trio ouviu três tiros. “A princípio, acharam que havia alguém atirando em um bode ou porco no mato costeiro”, contou.

“O segundo parecia muito mais próximo e o terceiro bateu na água adjacente ao local onde estavam”, disse Connors. Em seguida, os surfistas avistaram duas pessoas no mato, que começaram a xingá-los.

Aterrorizado, os surfistas voltaram imediatamente para o porto de Kawhia, onde alertaram a polícia.

John Maoate, da delegacia de Kawhia, acredita que os moradores locais abriram fogo por “estranhos” estarem usando “sua” água, escreveu em um post na página da polícia de Waikato.

Daniel Kereopa, surfista profissional e local de Raglan, é familiarizado com o pico, tendo sido convidado para surfar por parentes que vivem na área de Taharoa. Ele também acha que o localismo motivou os disparos.

“Desde que conheço o lugar e as pessoas que se importam com ele, geralmente só é permitido surfar por convite”, disse. “O único acesso é obter a permissão de um proprietário de terras no local para chegar à praia ou viajar pela água”, completou.

“É um desses lugares que ainda é a Nova Zelândia – não é afetado por turistas, não é promovido. As pessoas moram lá porque elas nascem para essa terra e, infelizmente, isso chamou a atenção pelo que aconteceu lá embaixo”, afirma Kereopa.

As investigações continuam e a polícia está pedindo ajuda a moradores para identificar os suspeitos.

Fonte Stuff.co.nz