Previsão das Ondas

Calor extremo e boas ondas

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Massa de ar quente domina o continente até quinta-feira, quando ciclone se forma na região das Malvinas.

O domínio da Alta subtropical continua intenso e provocando ondas de calor no Atlântico Sul.

Difícil prever quando este ciclo vai acabar, e assim, durante este mês de setembro e no mês de outubro, continuamos com a dinâmica de forte tempestades na região das Malvinas. A dinâmica destas fortes tempestades somente deverá ser alterada no dia 23 de setembro, quando os modelos preveem uma nova tempestade se formar na região sul do Brasil, trazendo ventos fortes e precipitação para região sul.

Acho que esta tempestade será muito semelhante à tempestade que trouxe catástrofe, porém é muito cedo para dizer.

Caros internautas, esta será a regra daqui pra frente, muito calor, muita evaporação, muitas chuvas. Para limpar, só os fortes ciclones com ventos intensos.

Cartas de pressão atmosférica ao nível do mar (1000 hPa) para segunda, terça, quarta e quinta-feira. Massa de ar quente domina o continente até a quinta quando um novo ciclone de forma na região das malvina e provoca uma nova geração de ondas, porém mais direcionada para a África (Fonte: www.wxmaps.org).

Previsão das Ondas

Região Sul: Ondulação de sul vai ser rápida, de sudoeste na terça-feira e vira para sul e para sudeste, com o afastamento do ciclone para o meio do Atlântico.

A tempestade trará ondas de 1,5 a 2 metros, que crescem de sudeste ao longo dos dias para 3 metros na quarta-feira.

Na verdade, teremos duas ondulações, uma com uma componente de sul e outra de sudeste franca.

Na quarta e quinta-feira serão os melhores dias, quando teremos ondas grandes e perfeitas de sudeste.

Estas condições favorecem ondas boas em toda a costa do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A Praia do Cassino e as Plataformas de Tramandaí e Atlântida, assim como a praia da Cal em Torres são os melhores picos do Rio Grande do Sul.

Em Santa Catarina, Campeche deve quebrar clássico e tubular nesta quarta-feira, também a Silveira, Ferrugem, Rosa Barra da Lagoa, Moçambique e Santinho. Para quem gosta de ondas pequenas e perfeitas, podemos ter ondas boas na Praia Brava de Floripa e em Itapema.

São Francisco do Sul e Matinhos, no Paraná, também com ondas perfeitas e tubulares.

Mapas de ondas segunda, terça quarta e quinta mostram que as a nova ondulação de sul gerada pala tempestade nesta segunda-feira invadindo o Atlantico Sul, poém um ondulação que vai passar rápida pela região Sudeste, e entrar depois vinda de Sudeste, mais limpa e perfeita, ao longo da costa brasileira (www.windy.com).

Região Sudeste: a ondulação de leste/sudeste se mantém até quarta-feira, com bom tamanho entre 1-1,5 metro.

Na quarta-feira, o mar sobe de sul, como 1,5-2 metros de altura e séries maiores. Teremos duas ondulações chegando, uma de sul e outra de sudeste.

Essa condição fica perfeita na quinta-feira, que deve ser o melhor dia de ondas grandes, período de 14 segundos, podendo ultrapassar 2,5 metros.

Sexta-feira começa a baixar, mas ainda teremos excelentes ondas em todo o litoral de São Paulo e Rio de Janeiro.

As praias de Itamambuca, Paúba, em São Paulo, Itacoatiara e Saquarema, no Rio de Janeiro, são privilegiadas com esta ondulação grande e perfeita com período na casa de 14-13 segundos!

Região Nordeste: A ondulação de sudeste ainda com força durante esta semana, sendo que nesta terça-feira tem uma forte componente de Sul.

Na terça-feira, o mar sobe de Sul, como 1,5-2 metros e 12 -11 segundos de período de pico.

Volta a baixar na quarta-feira pela manhã, porém sobe de sudeste no fim de tarde.

Condição fica perfeita na quinta-feira, quando teremos uma ondulação franca de sudeste, com ondas de 1-1,5 limpas e com pouca influência de vento.

Esta ondulação deve ser manter boa até sábado. Ondas boas mesmo com calor extremo.

Região Norte: Nada especial segundo a previsão do modelo para esta semana. Na quinta-feira, teremos uma ondulação de leste que deve proporcionar ondas de 05-a 1 metro.

Heitor Tozzi
Oceanógrafo e Mestre em Estudos Costeiros, trabalha com morfodinâmica de praias e impacto de tempestades na costa desde 1991, quando fez parte do 1º grupo de Sentinelas do Mar (Watching Waves in Brazil). Como pesquisador já embarcou em navios de Norte a Sul do Brasil, Golfo do México, Angola e Indonésia. Velejador e surfista nas horas vagas, atualmente é pesquisador do doutorado em Meteorologia no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), onde estuda os processos de Interação Oceano-Atmosfera para geração dos Ciclones.