De 24 a 27 de setembro aconteceu a “Annual Meeting Surf Cities Network” em Portugal, um encontro de representantes da África do Sul, Brasil, Chile, Equador, França, Ilhas Canárias e Nova Zelândia.
Dentro da programação que foi realizada de forma itinerante nas cidades de Ericeira, Matosinhos, Nazaré e Viana do Castelo, os convidados tiveram a oportunidade de conhecer e apreciar um pouco da história, cultura e artes do país que sediou a convenção.
Inúmeros museus, castelos, centros de treinamentos, points de surfe, além dos projetos de inclusão e de ações colaborativas entre as cidades que desenvolvem a modalidade como atividade criadora de riqueza econômica, cultural, social e espiritual.
Cada representante da convenção levou na bagagem o que de melhor realizou em sua cidade\região\país referente ao fortalecimento do surfe, de manobras ou de ranking no campeonato mundial.
A cidade de Santos (SP) compareceu e foi recebida com respeito, carinho e contribuiu, mais uma vez, como modelo e referência para o surfe inclusivo. As pranchas adaptadas idealizadas por Cisco Araña e doadas pelo projeto Sonhando Sobre as Ondas brotaram e deram frutos, impactando positivamente na vida das pessoas com deficiência ou com mais de 50 anos que encontraram no surfe uma razão a mais para viver.
Uma sinergia que uniu as Américas, África, Europa e a Oceania com partilhas das melhores práticas e ações coletivas. Cisco Araña reapresentou os projetos desenvolvidos e comandados por ele em Santos há 32 anos nas escolas públicas de surfe. A primeira
escola pública do esporte do Brasil, incluindo o impacto do surgimento das turmas de alunos com mais de 50 anos.
Uma aula prática foi realizada, com direito ao mantra marinho que faz parte de um momento tão importante da aula prática no mar: a hora dos agradecimentos e dos abraços que curam.
Cisco Aranã recebeu os prêmios para Santos, como a cidade mais inclusiva por causa das aulas do 50+; do trabalho realizado na Escola de Surfe Adaptado – única voltada exclusivamente para pessoas com deficiência – e também o trabalho de doação de pranchas adaptadas do Sonhando Sobre as Ondas, que já doou quase 80 pranchas adaptadas pelo mundo.
A cooperação internacional entre os países é uma estratégia importante para a criação de mecanismos que favoreçam a acessibilidade, inclusão social e a qualidade de vida entre os povos ligando o surfe à saúde, economia, cultura, arte, ciência e ao meio ambiente.
Aconteceu também um Blue Surf Fest Conference que incluiu muito surfe, cultura, shows e sustentabilidade para todos que também se identificam com o esporte, tornando-se um evento multicultural, inclusivo e relevante para todos que amam o surfe e se conectam com o oceano de todas as formas.
