Rip Curl Pro Portugal

No rastro do furacão

Peniche recebe ondas pesadas depois da passagem do furacão Leslie por Portugal.

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Enquanto os preparativos finais estão em andamento para o MEO Rip Curl Pro Portugal, décima etapa do CT, que tem início na próxima terça-feira (16/10), um swell pesado já atingiu o pico de Supertubos neste domingo, em decorrência do furacão Leslie, que passou pela região na madrugada anterior.

Com ondas fora de controle em Peniche, o peso das séries impressionou quem assistia da areia ao espetáculo da natureza, com ondas que praticamente engoliam os molhes de pedra do canto direito da praia. Ondas incríveis pela plasticidade visual, porém muitas impossíveis de serem vencidas no braço, durante a maior parte do dia.

Já no fim de tarde, com a maré enchendo e ondas não menos potentes, Adriano de Souza e Wiggolly Dantas foram pra água, sendo que até então ninguém havia ousado desafiar as ondas na vala do palanque do campeonato. Em meio a muita correnteza e arrebentação pesada, a dupla se atirou sem dó nas ondas que encontraram, que apesar de impressionantes, ainda não estavam com a melhor formação para o surfe.

O furacão Leslie atingiu o continente já em forma de tempestade, na última madrugada, o que resultou em centenas de milhares de habitações sem eletricidade, pessoas desalojadas, estradas cortadas, vôos cancelados, danos nas vias públicas e árvores caídas, principalmente nos distritos de Leiria, Coimbra e Lisboa.

A tempestade teve um desvio inesperado ao atingir as terras de Portugal e não entrou por Lisboa, como estava previsto. O toque em terra foi registado em Figueira da Foz, onde os ventos atingiram os índices máximos históricos já registrados, com 176 km/h. Estima-se que os prejuízos no país ultrapassaram 1 milhão de Euros.