Bodyboard de poliestireno

Isopor banido em Maui

Bodyboards descartáveis de isopor são banidos por nova legislação da ilha de Maui, Havaí.

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O condado de Maui, Havaí, aprovou uma lei que proíbe a venda, aluguel e distribuição de pranchas de poliestireno descartáveis. Trata-se de uma das primeiras leis a pôr fim a uma catástrofe ambiental de várias décadas.

Portanto, bodyboards descartáveis de baixo custo não estarão mais disponíveis nas lojas locais à beira-mar de Maui, bem como em grandes varejistas e supermercados. A norma entrou em vigor 9 de agosto de 2022 e segue o caminho da proibição original de sacolas plásticas introduzida em 2011.

No entanto, a lei original não contemplava essa praga que há mais de 20 anos contamina solos, praias e corpos d’água com substâncias tóxicas e tintas.

Como resultado, a vereadora Tamara Paltin introduziu a portaria nº 5236 para limitar o número de pranchas de bodyboard descartadas nas praias de Maui todos os anos.

“Este é um passo incrível na direção certa”, observa Sol Morey, filho de Tom Morey, o inventor do bodyboard moderno.

“Depois de criar o primeiro boogie em 1971, Tom Morey continuou construindo esses equipamentos e sempre optou por materiais confiáveis ​​para torná-los mais duráveis ​​e duradouros”, explica Sol Morey.

“Durante anos, criamos pranchas de surfe e boogies sem tentar o uso de isopor porque, basicamente, era péssimo para dar energia ao praticante”, relata.

“Embora Tom fosse capaz de trazer boogies para a cena e tivesse muito pouco a ver com a criação de seu império através da distribuição de pranchas baratas, as empresas corporativas sentiram a necessidade de criar pranchas baratas com isopor e colocar nosso nome de família nelas. Isso enfureceu nosso pai do esporte”, conta.

“Tom sempre abordou empresas sobre parar de marcar nosso nome em porcarias que não correspondiam ao objetivo de ter algo que durasse meio século”, justifica o filho do criador do bodyboard.

Sol Morey acredita que as comunidades devem ter como objetivo banir dos surf breaks todos os produtos oceânicos à base de isopor. Bodyboards descartáveis ​​de poliestireno quebram-se facilmente em pequenos pedaços.

As substâncias nestas pranchas de bodyboard de baixa qualidade são um perigo para a saúde da vida marinha, incluindo tartarugas e aves marinhas, que confundem espuma com comida, sendo que o poliestireno é uma das formas mais comuns de poluição no mundo.

“Como ex-tenente de segurança oceânica, vi a poluição e os danos que as pranchas de poliestireno descartáveis ​​podem causar”, acrescenta Tamara Paltin.

“Do ponto de vista ambiental, alugar uma prancha de bodyboard durável e que pode ser devolvida após o uso faz muito mais sentido”, sugere o especialista.

O decreto do condado de Maui foi aprovado por unanimidade e assinado por Michael Paul Victorino, prefeito do condado de Maui, em 9 de agosto de 2021.

“É hora de eliminar produtos descartáveis ​​na medida do possível. Isso pode economizar dinheiro para todos e ajudar o meio ambiente”, conclui Victorino.

De acordo com a nova lei, bodyboards descartáveis são identificados como pranchas feitas com núcleo de espuma de poliestireno, em oposição a bodyboards duráveis, feitos de núcleos de polietileno ou polipropileno de alta densidade.

Simultaneamente, a legislação incentiva as empresas a fornecer aos clientes aluguel de bodyboard de qualidade aos turistas que visitam o arquipélago. Esperasse que a proibição pioneira de Maui se expandirá pelas ilhas havaianas, América continental e o resto do mundo.

Fonte Surfer Today