Laje da Jagua

Swell do ciclone

Galera enfrenta as séries pesadas do último ciclone na Laje da Jagua (SC).

0
João Baiuka controla o drop na Laje da Jagua.

Na última semana, com a entrada de um novo ciclone no litoral Sul do Brasil, a equipe da Atow-Inj (Associação de Tow-In de Jaguaruna) voltou as atenções para a Laje da Jagua, em Jaguaruna (SC).

Com a direção do swell favorável, o “mad dog” baiano Marcio Freire – que reside no Havaí e está no Brasil – também foi em busca das bombas e uniu forças com o time da Laje.

O melhor dia era na quarta-feira (15), mas a tarde de terça já prometia e a galera já fez uma investida. O mar estava agitado e perigoso, com ondas entre 4 e 6 metros de face. Logo de cara já vimos uma série animal.

Enquanto João Paiva e Marcos Moraes ficaram revezando no tow-in, Thiago Jacaré foi para o jet-ski rebocar Marcio Freire nas primeiras do dia. Baiuka e eu ficamos debaixo do pico, esperando para fazer os registros.

Boas ondas foram surfadas, mas a melhor do dia foi a última de Marcio Freire. “Já tinha dropado umas duas, e Jacaré insistiu que a maior do dia ainda viria, e realmente ela veio. Foi uma bomba, quando saí no final da onda não acreditava. Foi a minha maior já surfada no Brasil”, relata Freire.

Inverno pega fogo com big swell no pico.

Eu e Baiuka estávamos muito para baixo da bancada. Por um vacilo nosso, a máquina caiu na água sem caixa estanque e não conseguimos registrar esta onda do Marcio, que foi inacreditável. Uma pena, pois certamente foi uma das maiores que já vi no pico.

Uma grande perda, equipamento zerado e prejuízo de R$ 8 mil. Faz parte de quem arrisca, mas para mim a maior perda mesmo foi não ter registrado essa onda.

No dia seguinte, voltamos ao pico e o mar já tinha diminuído bastante, mas a galera conseguiu se divertir e pegar boas. Destaques para a onda surfada na remada por Paulo Moura e a onda de Rodrigo Pedra no tow-in, na direita da Laje.

Pedra tomou um dos piores caldos de sua vida. Ele veio numa onda quadrada, voando lá de cima e foi jogado na rasa bancada. O surfista quase completou o drop, mas sua vaca durou longos 20 segundos debaixo da água.

O dia foi alucinante, equipe reduzida, todos com os cuidados com o novo coronavírus, usando máscaras e se protegendo.

Laje da Jagua, 15/07 – Por RafaShot: