João Chumbinho

Atirado em Off-The-Wall

João Chumbinho desce a craca do dia em Off-The-Wall e entra novamente na disputa de melhor onda da temporada de inverno havaiana.

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“Foi uma loucura”. Lapidado nos tubos da Barrinha, João Chumbinho bota pra dentro em Off-The-Wall.Jeremiah Klein
“Foi uma loucura”. Lapidado nos tubos da Barrinha, João Chumbinho bota pra dentro em Off-The-Wall.

Na última terça-feira (10), o North Shore de Oahu bombou mais uma vez com ondas tubulares e vento terral. Enquanto nomes como Gabriel Medina, Italo Ferreira, John John Florence e Kelly Slater duelavam no Billabong Pipe Masters, outros atletas faziam a cabeça em picos desafiadores como Off-The-Wall.

Entre eles estava o saquaremense João Chumbinho, irmão mais novo do big rider Lucas Chianca e que vem colhendo os frutos de uma bela temporada havaiana. Depois de um nono lugar na Vans World Cup em Sunset, Chumbinho também tem sido destaque no free surf, principalmente quando o caldo engrossa no arquipélago.

No fim de tarde da última terça, o brasileiro foi recompensado pela atitude, colocando pra dentro de uma craca e saindo na baforada em Off-The-Wall. Com essa onda, Chumbinho entrou mais uma vez na cobiçada premiação de melhor onda do inverno da temporada havaiana.

“Logo depois do fim do Pipe Masters entrei na água bem fissurado e as ondas estavam ótimas, em torno de 5 a 8 pés. Um dia muito bom pro Havaí, com mar limpo, aquele terral soprando no final de tarde e já prometendo um pôr do sol clássico”, relata Chumbinho, que já estava participando do Wave of the Winter com ondas surfadas em Pipeline e Backdoor no final de novembro.

“Fique em Pipe uns 20 minutos e não estava conseguindo me achar muito no outside. Também já tinha muitos locais entrando, então optei por ir remando para Off-The-Wall mesmo. No caminho até lá já botei pra dentro de uma onda bem grande, e depois comecei a esperar pela boa, porque vi que estava bem limpo pra Off-The-Wall, o que não é sempre que acontece”, acrescenta o brasileiro.

“Foi quando veio uma onda muito boa, foi alucinante. Estava bem grande e fiquei feliz de estar bem posicionado. Consegui remar até bem pra fora com a intenção de pegar o começo dela quebrando. Acabou se se transformando em um ‘double-up’ bem grande pra Off-The-Wall, que é uma característica do pico”, revela.

“Consegui fazer bem o ‘bottom turn’ pra colocar pra dentro do tubo. Me lembro quando estava na base da onda, vi que ela tinha ficado bem grande, mas na hora não deu pra pensar muito. Coloquei pra dentro do tubo, consegui aguentar a pressão e uma baforada bem grande, saindo daquele salão feliz da vida e com a praia toda gritando. Foi uma loucura”, finaliza Chumbinho.