Oi Hang Loose Pro Contest

Lucas Silveira mira o pódio

Recuperado de lesão, Lucas Silveira chega motivado para participar do Oi Hang Loose Pro Contest.

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Lucas Silveira durante a sua primeira passagem por Fernando de Noronha, em 2015.Lima Jr.
Lucas Silveira durante a sua primeira passagem por Fernando de Noronha, em 2015.

Recuperado de uma lesão grave na tíbia sofrida em outubro de 2019, o carioca Lucas Silveira chega a Fernando de Noronha (PE) motivado para competir no Oi Hang Loose Pro Contest, um dos mais tradicionais eventos do calendário do Qualifying Series, a divisão de acesso à elite mundial.

Após três meses afastado das atividades, o atleta voltou a competir no QS 5.000 do Marrocos, e agora tem mais uma oportunidade de ganhar ritmo e buscar um bom resultado na etapa que também oferece 5 mil pontos no ranking do QS ao campeão.

Palco da competição, as ondas tubulares da praia da Cacimba do Padre motivam Lucas Silveira, que tem trabalhado para se recuperar totalmente de uma fratura na perna sofrida em outubro do ano passado.

“Estou bem amarradão de poder competir em Noronha. No ano passado, quando voltou o campeonato, eu estava machucado e não consegui competir. Agora estou voltando de uma lesão bem séria e a cada dia melhor recuperado e vai ser incrível”, projeta Lucas.

Atleta está recuperado de uma grave lesão sofrida em outubro de 2019.

Fernando de Noronha não é novidade para Lucas Silveira. Em competições, o surfista até já fez um pódio em uma etapa do Campeonato Pernambucano, que disputou em 2016. No ano anterior, o atleta pegou altas ondas maiores de 3 metros. Mas para o atleta, a competição ganha uma nova dimensão. “O lugar é um paraíso, já tive a chance de estar lá algumas vezes e às vezes nem parece que estou lá para competir de tão paradisíaco que é estar em Noronha. É um campeonato diferente”, define.

E Lucas espera por boas ondas, fato que nem sempre acontece nos eventos que compõe o calendário do QS. “Tem muitas chances de termos boas ondas, é um lugar muito constante e tem boas chances de ter altos tubos e um mar clássico”, destaca.

Para Lucas, a tradição e toda a história do evento também motivam mais os competidores, além dos pontos no ranking do QS. “Quando eu era pequeno, assistia sempre aos campeonatos que rolavam em Noronha. Na época, ainda não competia no QS, mas quando passei a competir parou de ter o evento. Então, que bom que voltou agora, rolou no ano passado e vai rolar esse ano e tomara que se estabeleça de novo no calendário”, relata.

Após a disputa do QS 5.000 do Marrocos, Lucas Silveira aproveitou para treinar em alguns picos do país africano e depois retornou para Ericeira, em Portugal, palco do título mundial Pro Júnior conquistado em 2016. Na cidade portuguesa, o atleta continuou o trabalho de recuperação diário com o fisioterapeuta Marcelo Amaral, intercalada por sessões de surfe para garantir uma recuperação completa, passo a passo, em busca de estar 100% para a temporada.

Um bom swell encostou na costa portuguesa e Lucas conseguiu sentir o gostinho de voltar a pegar um tubo após meses de recuperação. “Foi maneiro. Altas ondas aqui e foi legal pegar algumas ondas com mais consequência. Foi tenso no início mas depois daquela onda, soltou de vez”, contou Lucas, que postou o vídeo do tubo nas suas redes sociais.