Oi Rio Pro

Medina dá show

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Gabriel Medina arranca a sua segunda nota 10 no Oi Rio Pro. Foto: © WSL / Smorigo.

 

O paulista Gabriel Medina comandou mais um show no Oi Rio Pro. Nesta quarta-feira, em ondas de 1,5 metro e formação irregular, Medina começou o dia batendo o convidado Deivid Silva na terceira fase.

Em seguida, o campeão mundial de 2014 voltou ao outside para disputar a quarta fase e não aliviou nas ondas do Postinho.

Depois de arrancar 8.10 pontos em uma direita muito bem atacada com duas manobras no crítico, Medina acertou um aéreo com rotação completa de backside e já emendou com uma batida na junção, levando a plateia ao delírio.

Os juízes não hesitaram e deram mais uma nota 10 ao atleta no Oi Rio Pro. Com a vitória, o atleta avançou direto às quartas-de-final da prova.

“É legal surfar numa bateria com muitas ondas e foi demais tirar aquela nota 10”, disse Gabriel Medina. “Foi uma bateria bem divertida e peguei muitas ondas mesmo porque não estava fácil achar a certa. Então eu tive que procurar, mas tinha ondas suficientes para todos e hoje (quarta-feira) o dia foi demais, com mar bem difícil, condições desafiadoras, mas sempre entrando algumas ondas boas nas baterias. Estou feliz pela vitória, pela segunda nota 10 e vou continuar tentando o meu melhor para ir avançando na competição”.

Também evitaram a quinta fase e avançaram direto às quartas o havaiano Dusty Payne e os brasileiros Adriano de Souza e Miguel Pupo.

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Adriano de Souza também faz bonito nesta quarta-feira. Foto: Luca Castro.

 
Dusty venceu a primeira bateria da quarta fase com uma boa reação nas últimas ondas, somando 7.93 e 7.67 para impedir a vitória do conterrâneo John John Florence, autor de 7.40 e 7.80. Na mesma bateria, Filipe Toledo não conseguiu encaixar o seu surfe e terminou em terceiro com 4.17 e 6.23.

Em seguida, o atual campeão mundial Adriano de Souza ditou o ritmo na água e abriu o confronto com 8.27, ampliando vantagem com 7.73, descartando 7.17 e selando sua classificação com 9.17 na última onda.

“Hoje (quarta-feira) foi um dia incrível”, destacou Adriano de Souza. “Eu tenho treinado forte desde janeiro e agora estou sentindo os benefícios de todo o esforço. Estou muito feliz por ter vencido essa bateria e passado direto para as quartas de final. Amanhã (quinta-feira) vai ser o dia final do evento e já estou ansioso para competir e ver como vai estar o mar. Estou num ritmo bom, mas preciso manter a calma. Isso será importante nesse último dia e eu quero chegar na final mais uma vez aqui no Rio de Janeiro”.

Em segundo ficou o australiano Davey Cathels, seguido pelo brasileiro Caio Ibelli, que também não entrou em sintonia com as ondas.

No terceiro confronto, Miguel Pupo comandou as ações na água e venceu seus adversários com 6.33 e 6.40. O potiguar Italo Ferreira até surfou a melhor onda da bateria e obteve 7.00, mas terminou em segundo lugar com o total de 12.50, contra 12.73 de Pupo e 10.90 do australiano Adam Melling.

“Eu só busquei ficar bem ativo e pegar várias ondas, mas não consegui duas notas altas como gostaria”, disse Miguel Pupo. “Eu nem pensei nos meus oponentes, só mesmo em achar boas ondas e surfar bem, fazer uma linha bonita. Eu estou muito feliz em passar para as quartas de final pela primeira vez esse ano e já é o meu melhor resultado na etapa do Brasil. Estou me sentindo confiante, tenho treinado bastante, surfando muito e agora é só questão de achar as ondas certas nas baterias”.

Ao término da quarta fase, a direção de prova mandou novamente os atletas para a água. Alguns entraram em ação pela terceira vez no dia e em condições bem desgastantes.

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Miguel Pupo manda bem no Postinho. Foto: © WSL / Smorigo.

Os três brasileiros se deram mal. O primeiro a cair foi Caio Ibelli, derrotado pelo havaiano John John Florence por 13.00 a 10.17 pontos. Florence começou na frente com 7.67, somou 5.33 em sua segunda melhor nota e deixou Ibelli em desvantagem no placar. O brasileiro até tentou reagir, mas obteve apenas 5.07 e 5.10.

“Estou amarradão por ter passado para as quartas de final”, disse John John Florence, que comentou sobre a recente rivalidade com Caio Ibelli. “Eu o venci na primeira fase e achei que não valia, mas essa agora sim, numa fase eliminatória importante para mim. Na Austrália, ele ganhou de mim nos últimos segundos duas vezes e foi muito frustrante, então agora foi um tipo de vingança. Hoje (quarta-feira) foi um dia que as ondas estavam difíceis, tinha que ter sorte também e espero manter esse ritmo amanhã”.

Em seguida, Filipe Toledo deu adeus ao sonho do bicampeonato no Rio. O paulista liderou a batalha durante boa parte do tempo com notas 6.50 e 8.00, ampliando ainda mais a vantagem com 6.87. Porém, o australiano Davey Cathels – que tinha 6.03 e 7.07 – virou o placar com 8.60, estragando a festa brasileira na Barra da Tijuca.

Para piorar a situação, mais um australiano aprontou na quinta fase. Jack Freestone colocou pressão no potiguar Italo Ferreira com 8.50 e 7.93, deixando o melhor brasileiro no ranking mundial em situação complicada.

Italo bem que tentou, mas não conseguiu sair da “combinação” e saiu da água com 4.50 e 5.60 nas duas melhores ondas. Com o resultado, o atleta assumiu provisoriamente a vice-liderança do Tour, atrás apenas do aussie Matt Wilkinson.

Falta apenas um duelo para o término da quinta fase. Por falta de tempo, a WSL adiou o confronto entre Michel Bourez e Adam Melling para a manhã desta quinta-feira. O vencedor vai enfrentar o brasileiro Gabriel Medina nas quartas-de-final.

Duelo pendente da quinta fase

4 Michel Bourez (PLF) x Adam Melling (AUS)

Quartas-de-final

1 Dusty Payne (HAV) x John John Florence (HAV)
2 Adriano de Souza (BRA) x Davey Cathels (AUS)
3 Miguel Pupo (BRA) x Jack Freestone (AUS)
4 Gabriel Medina (BRA) aguarda adversário

Veja a nota 10 de Medina

Veja a onda de Adriano de Souza na quarta fase

Entrevista com Miguel Pupo

Davey Cathels elimina Filipe Toledo na quinta fase