Previsão das Ondas

Ciclones no meio do Atlântico

Oceanógrafo Heitor Tozzi informa que os ciclones estão no meio do Atlântico, portanto este final de semana é de ondas pequenas. Segundo ele, mar sobe na terça-feira.

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Fim de semana merrecado com ciclones girando longe do litoral.

Ondas diminuem numa sexta-feira clássica no litoral de São Paulo. O fim de semana será de merrequinhas, com a alta pressão dominando a costa sudeste.

Temos tempestades fortes no Oceano Pacífico Oeste, junto à costa do Chile e Cabo Horn. Aliás, um grande ciclone está previsto para domingo intensificar novamente na costa chilena, região onde se forma a Corrente do Peru. Boa hora pra usar aquelas milhas aéreas!

Segunda-feira um ciclone extratropical se forma no meio do Atlântico, em frente ao Rio da Prata e costa do Uruguai. Ainda na segunda e já na terça-feira teremos um power ciclone extratropical do meio do Atlântico SW, uma prévia do inverno que teremos.

O ar frio polar entra, mas como os ciclones estão afastados da costa, este deve ser um dos motivos pelo qual ainda não nevou na serra gaúcha. Todavia, o próximo ciclone deve rodar na região da Confluência Brasil Malvinas e poderá “fabricar” neve.

Nas duas últimas semanas, a temperatura da atmosfera esteve em elevação, e a temperatura da superfície do oceano continua alta. Então, isso favorece a evaporação e a advecção de calor da alta pressão subtropical do Atlântico Sul para intensificar o próximo ciclone que se forma no domingo, segunda e terça.

A “ASAS” vai dominar o fim de semana, colocando umas merrequinhas de 0,5 metro, aquela baixada antes do próximo ciclone.
Isso deve ocorrer de hoje, sexta 02/06/2023 e vai até segunda. Embora tenhamos uma ou outra ondulação durante estes dias, é na segunda que o mar começa a virar…

O bicho pega na terça, com o ciclone extratropical, tem aquele jeito bomba, mas só com um ou dois dias de antecedência poderemos ter esta certeza.

Vamos a previsão de ondas pro fim de semana:

Um ciclone extratropical vai ao sul do Rio da Prata na segunda-feira.

Domingo 04/06/2023 a 06/06/2023

Nesta sexta-feira a costa Sudeste ainda recebe uma ondulação de SE com 0,5 a 1 metro, boas. Nas regiões Sudeste e Nordeste essa condição de onda fica um pouco maior, 1 metrão até sábado. Domingo e segunda já fica no 0,5 metro, caindo pra flat antes da entrada da tempestade.

Salvador pode ter o melhor mar no final de semana em todo o país.

Ondulação que bate no litoral do Nordeste no sábado e domingo, promete ondas de 1,5 a 2 metros em Salvador até segunda-feira. Vento e ondas de S nesta sexta, rodando para sudeste até domingo rondando junto com a ondulação.

Isso favorece a permanência do swell até segunda-feira, assim como, chuvas esporádicas na região do sul do estado da Bahia e na capital.

No Sul as ondas permanecem perfeitinhas e pequenas durante todo o fim de semana, com altura variando de 0,5 a 1 metro de E (leste). Os costões rochosos devem segurar um pouco mais a ondulação, até baixar mesmo na segunda-feira antes do novo ciclone apontar no fim de tarde.

As condições de vento serão boas ao longo de toda a costa, mas à tarde a brisa de E deve aumentar até segunda, como vento pré-frontal.

No Norte sobe um pouco no fim de tarde de sábado com altura significativa chegando a 1 metro, condição que se mantém no Domingo e começa a baixar na segunda. Domingo deve ser o melhor dia, com 13 segundos de intervalo e 1 metro de altura!

Segunda-feira 05/06/2023
É na terça-feira que veremos aquele swell grande ser fabricado…

Este centro de baixa vem empurrado por uma massa de ar fria e vai invadir a América.

Mar deve subir somente na terça-feira.

Heitor Tozzi
Oceanógrafo e Mestre em Estudos Costeiros, trabalha com morfodinâmica de praias e impacto de tempestades na costa desde 1991, quando fez parte do 1º grupo de Sentinelas do Mar (Watching Waves in Brazil). Como pesquisador já embarcou em navios de Norte a Sul do Brasil, Golfo do México, Angola e Indonésia. Velejador e surfista nas horas vagas, atualmente é pesquisador do doutorado em Meteorologia no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), onde estuda os processos de Interação Oceano-Atmosfera para geração dos Ciclones.