Separação da África

Cientistas apontam novo oceano

Cientistas descobrem a formação de novo oceano quando a África começar a se dividir em duas.

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Evento pode acontecer daqui a milhões de anos.

Cientistas descobriram o início da formação de um novo oceano quando a África começa a se dividir. Pesquisadores descobriram que as duas partes de terra, que compõem o segundo maior e o segundo continente mais populoso do mundo, começaram a se separar, abrindo caminho para que um novo oceano atravesse a divisão, separando os 54 países que compõem o continente.

Países como Zâmbia e Uganda, nações sem acesso ao mar, poderão um dia ter seus próprios litorais se a massa de terra continuar a se separar.

De acordo com a revista especializada americana “Geophysical Research Letters”, os geólogos conseguiram confirmar que um novo oceano está sendo criado à medida que o continente africano é dividido ao meio.

Os cientistas localizaram o ponto exato onde, muito profundamente no subsolo, o continente, que tem uma área de mais de 30 milhões de quilômetros quadrados, abriu-se pela primeira vez.

A rachadura está posicionada nas bordas de três placas tectônicas que estão se afastando gradualmente umas das outras há algum tempo. Os geólogos observaram que esse complexo processo tectônico abrirá espaço para um imenso corpo de água totalmente novo daqui a milhões de anos.

O estudo internacional descobriu que a rachadura atualmente percorre cerca de 56km depois de aparecer pela primeira vez, em 2005, nos desertos da Etiópia.

O estudo combina dados sísmicos da formação da fenda para demonstrar que ela é impulsionada por processos semelhantes aos do fundo do oceano. As placas tectônicas da África e da Arábia colidem no deserto e se separam gradualmente há cerca de 30 milhões de anos. O mesmo movimento também dividiu o Mar Vermelho, mas isso está acontecendo apenas a uma taxa de uma fração de polegada (2,54cm) por ano.

“Este é o único lugar na Terra onde você pode estudar como uma fenda continental se torna uma fenda oceânica”, explicou Christopher Moore, estudante de doutorado na Universidade de Leeds, à NBC News.

Fonte Extra