Está Tudo Conectado

Soluções para crise ambiental

Programa Brasileiro de Reservas de Surf busca engajamento da comunidade do surfe como protagonista da conservação do oceano.

0
Programa Brasileiro de Reservas de Surf em ação.

O Instituto Aprender Ecologia e a Conservação Internacional Brasil lançaram o vídeo ‘Está
tudo conectado!’, que visa instigar o engajamento da comunidade do surfe como protagonista da conservação do oceano, através do Programa Brasileiro de Reservas de Surf – PBRS.

O filme nos recorda que temos soluções para a crise ambiental. Ele apresenta uma que já está sendo aplicada ao redor do mundo: as reservas de surf. Iniciativa criada na Austrália em 2005, país que já conta com 22 reservas, e expandida pela Save The Waves Coalition no âmbito internacional.

O Programa Mundial de Reservas de Surf designou 12 praias, entre elas uma brasileira, a
Guarda do Embaú, que desde 2016 conta com apoio para o desenvolvimento de atividades
identificadas como prioritárias para a conservação do seu famoso pico de esquerda.

O Programa Brasileiro de Reservas de Surf visa ampliar o que está sendo feito
internacionalmente e designar reservas em locais que abrigam picos icônicos em nossa costa, apoiando as comunidades locais na proteção das melhores ondas brasileiras e os ecossistemas que as cercam.

A meta é criar uma rede de reservas engajando e conectando a comunidade do surf na
proteção da natureza e no desenvolvimento local sustentável e tornar o Brasil reconhecido
não apenas como o país do Brazilian Storm, mas do surf e da conservação.

O curta está disponível no Canal do YouTube @reservasdesurf.

Liam O’Briem contribui na ação.

Para o surfista Yago Dora, ações como essa são uma oportunidade de retribuir tudo que os
atletas recebem da natureza e chamar atenção para a importância da conservação dos
ecossistemas de surfe: “É uma ação pequena que pode influenciar outras pessoas. A gente tem que se conscientizar e tentar dar o nosso melhor para preservar o que temos para as próximas gerações”. Ao todo, foram retirados 30 kg de lixo das margens da lagoa e plantadas 20 mudas de mangue.

Mauro Figueiredo, fundador do Instituto Aprender Ecologia, destaca a importância dos
ecossistemas costeiros e marinhos para a prática de surfe: “Habitats como as restingas e os manguezais são vitais para a proteção dos picos de surfe, mas estão constantemente
ameaçados pelo desenvolvimento costeiro, esgoto, poluição plástica, pesca excessiva e
mudanças climáticas. Proteger esses ecossistemas é crucial para preservar os locais de surfe, a saúde das comunidades locais e a biodiversidade marinha”

Além da limpeza e plantio na lagoa, as organizações promoveram uma ação de educação
ambiental para cerca de 50 alunos da Escola Municipal Orgé Ferreira dos Santos. Durante duas horas, os alunos puderam aprender sobre a importância dos diversos habitats que existem no ambiente costeiro e marinho e a relevância de cada um deles para o planeta. Os alunos também participaram do plantio de mudas nativas na restinga em frente a escola.

Em colaboração com a prefeitura de Saquarema e as organizações Mar Sem Lixo e Ecolocal, foi implementado um piloto para uma solução experimental de barreira ecológica para conter a poluição nos rios da região. As barreiras são construídas com galões flutuantes que impedem a passagem de detritos plásticos ao mesmo tempo que garantem a passagem livre de água e peixes. A poluição plástica será separada para transformação e reciclagem. Essa solução tem o potencial de remover dos rios toneladas de plásticos que acabariam no oceano.

Carlos Burle no evento A Onda.

Sobre a Conservação Internacional (CI-Brasil): A Conservação Internacional usa ciência,
política e parcerias para proteger a natureza, da qual as pessoas dependem para obter
alimentos, água doce e meios de subsistência. Fundada em 1990 no Brasil, a Conservação
Internacional trabalha em mais de 30 países, em seis continentes, para garantir um planeta saudável e próspero, que sustenta a todos. Mais informações em
Conservacao.org.br

Sobre o Instituto Aprender Ecologia

É uma associação sem fins lucrativos de caráter ecológico, pacifista, educacional, esportivo, cultural e científico. Com sede em Florianópolis,
Santa Catarina, atuamos em redes de cooperação local, nacional e internacional. Estamos
alinhados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 e a Década dos Oceanos da ONU.

Há 22 anos a Aprender concentra suas atividades na zona costeira brasileira implementando projetos, entre os quais alguns relacionados ao surf e toda nossa equipe é composta por surfistas. Ao longo destes anos, a organização tem estado envolvida no surf e na conservação, desenvolvendo e implementando projetos em conjunto com associações de surf e organizações de base. Mais informações em Aprender.org.br

Limpeza na Lagoa.