Oi Pro Junior Series

Molecada vai ao ataque

Mateus Herdy e Tainá Hinckel são os destaques brasileiros na abertura do Oi Pro Junior Series na Barra da Tijuca (RJ).

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Tainá Hinckel avança ao segundo round do Oi Pro Junior Series na Barra da Tijuca.

Em ondas fortes de 1 metro, o Oi Pro Junior Series começou nesta sexta-feira (10) na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ).

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Foram realizadas todas as baterias da primeira fase no masculino e no feminino. O evento é válido como primeira das cinco etapas do sul-americano sub 18 da WSL programadas para esta temporada no Brasil.

Atual campeão mundial da categoria, o catarinense Mateus Herdy foi o grande destaque entre os homens. Ele conectou-se bem com as fechadeiras da Barra e conseguiu soltar boas rasgadas e um aéreo para cravar 12.75 pontos, o maior somatório do dia.

Em segundo e também classificado ficou o cearense Thiago Eduardo, com 8.10 nas duas melhores ondas. Renan dos Anjos (3º) e João Lucas Bessy (4º) acabaram eliminados da competição.

“Eu resolvi vir de última hora por ser um evento aqui no Brasil e porque é um bom treino para os próximos QS, mas eu vim pra ganhar, com certeza”, afirma Herdy.

Mateus Herdy crava o maior somatório do primeiro dia na categoria masculina.

“Foi muito animal essa iniciativa da Oi de fazer quatro etapas do Pro Junior no Brasil. É o que eu sempre quis. Esse é meu último ano de Pro Junior e só competi quando tinha apenas uma etapa por ano. Eu sempre quis que tivesse mais e isso vai ser muito bom para meus amigos mais novos que terão essa oportunidade de disputar várias etapas. Vai ser ótimo pra todo mundo”, completa o surfista de Florianópolis.

Quem também mostrou sintonia com as condições difíceis da Barra foi Cauã Gonçalves, surfista de Maresias. Ele atacou as ondas com velocidade e anotou 6.00 e 5.55 para vencer a bateria que também classificou o paulista Rodrigo Saldanha.

Entre os participantes de outros países, os primeiros a conseguir classificação foram o argentino Nazareno Pereyra e o chileno Cristobal Montecinos. Ambos na sétima bateria do dia, barrando os brasileiros Pedro Amorim e Heitor Mueller.

Com apenas 15 anos, Nazareno saiu do mar em primeiro lugar e com a terceira maior somatória do dia até ali, 10.25 pontos com notas 5.25 e 5.00. “É a primeira vez que participo do Pro Junior e minha primeira vez aqui no Rio (de Janeiro) também, mas consegui pegar boas ondas para passar a bateria em primeiro lugar”, diz Pereyra.

Nazareno Pereyra estreia com o pé direito no Rio de Janeiro.

“No ano passado, eu estive em Santa Catarina competindo em duas etapas do Circuito Catarinense e este ano quero me dedicar mais no Pro Junior. É muito importante ter mais etapas da categoria para a gente, não só aqui no Brasil, mas em outros países da América do Sul também”, destaca o argentino.

Na segunda fase estreiam os cabeças de chave do Oi Pro Junior Series. Destaque para a participação de Lucas Vicente, atual líder do ranking sul-americano profissional da WSL, que está escalado na quarta bateria contra Luan Hanada, Ryan Kainalo e Rodrigo Saldanha.

Entre as mulheres a dona da melhor atuação foi a peruana Daniela Rosas, que também lidera o principal ranking da WSL South America. Ela esbanjou categoria para cravar 7.50 e 7.00 no maior somatório de todo o dia na Barra da Tijuca.

Daniela avançou com folga na bateria que também levou Pâmella Mel, surfista da Guarda do Embaú, ao segundo round da competição. “Na verdade, as ondas estão um pouco difíceis, mas eu consegui achar duas ondas boas felizmente, porque as condições estão mudando muito a cada momento”, diz Daniela.

Daniela Rosas tem a melhor atuação entre as mulheres.

“Eu vou tentar de todas as maneiras buscar o título sul-americano esse ano. No ano passado, eu fiquei perto de conseguir e me classifiquei pro Mundial, mas não fui pra Taiwan porque preferi disputar o Pan-Americano na mesma data. Eu espero ir esse ano e, para isso, tenho que surfar bem as baterias, pegando boas ondas para ir avançando nas competições”, revela a peruana.

A melhor participação brasileira entre as meninas foi da catarinense Tainá Hinckel. Ela precisou surfar apenas duas ondas, de notas 6.75 e 4.00, para carimbar o passaporte à segunda fase em primeiro, ao lado da paulista Kemily Sampaio.

“O mar está bem difícil e acho que eu poderia ter ficado um pouco mais ativa dentro da água”, ressalta Tainá. “Mas deu tudo certo e estou feliz por ter passado e por estar aqui no Rio de Janeiro de novo. Eu amo muito esse lugar e só quero ir avançando, surfando bem e me divertindo”, finaliza a campeã sul-americana de 2016.

Logo depois da participação feminina, os longboarders entraram em cena para a disputa do Oi Longboard Pro, a primeira das duas etapas do sul-americano da WSL nesta temporada.

Uma nova chamada acontece neste sábado (11), às 7 horas (de Brasília) para o início da primeira fase da categoria Longboard feminino. O evento é transmitido ao vivo pelo Waves.

Com informações de João Carvalho.