WSL Finals

Filipinho busca bi mundial

Filipe Toledo busca bicampeonato mundial consecutivo no WSL Finals, em Trestles, Califórnia (EUA). Evento começa nesta sexta-feira (8).

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Filipe Toledo em ação no Finals 2022.

O prazo para o WSL Finals decidir os títulos mundiais de 2023, acontece entre esta sexta-feira (8) e dia 16 de setembro nos Estados Unidos. O campeão e a campeã da temporada serão definidos em um único dia, no que tiver as melhores ondas em Trestles, Califórnia. O atual campeão mundial, Filipe Toledo, tenta o bicampeonato consecutivo e João ‘Chumbinho’ Chianca é o outro brasileiro que se classificou entre os top-5 do ranking do World Surf League (WSL) Championship Tour (CT) da temporada.

“Isto é resultado de todo o trabalho duro, todo sacrifício, ao longo do ano”, diz Filipe Toledo. “Todas as horas viajando em aviões pelo mundo e muito dinheiro investido. É tudo isso e me sinto super abençoado, então só tenho que agradecer a Deus por tudo que Ele vem fazendo na minha vida. O apoio da família e de todos os meus patrocinadores foi muito importante para eu chegar aqui. E da WSL também, por realizar eventos incríveis, então vejo vocês em Trestles”.

Assim como na temporada passada, Filipe chega ao Finals em primeiro lugar no ranking. Com isso, Filipinho tenta o bicampeonato mundial, já na melhor de três baterias que define o campeão neste sistema mata-mata desde 2021. Toledo é o único a participar das três decisões e as duas primeiras foram 100% brasileiras. Na de 2021, Gabriel Medina conquistou o tricampeonato sobre Filipe Toledo, que no ano passado derrotou o campeão mundial de 2019, Italo Ferreira.

Toledo busca bicampeonato mundial.

O outro brasileiro no Finals é João Chumbinho, estreante na elite dos top-5 do mundo. Em 2022, o saquaremense saiu da elite no corte do meio da temporada. Mas, retornou ao CT pelo Challenger Series (CS) e chegou a liderar o ranking em duas etapas esse ano. Chumbinho nunca competiu em Trestles, mas já treina no pico há duas semanas, assim como Filipe Toledo, que mora em San Clemente, na Califórnia.

“Foi uma loucura como este ano começou para mim”, fala João. “Eu só estava pensando em passar pelo corte e as coisas começaram a acontecer, então só segui meu caminho. Nós, competidores, somos preparados para sonhar alto. No ano passado, eu disse a mim mesmo, que deveria sonhar mais alto, que poderia confiar no meu talento e acreditar cada vez mais no meu surfe. Eu sabia que era possível e não podemos ignorar as chances que a vida traz para você. Não sei por que, Deus escolheu me colocar aqui neste lugar agora e sou muito grato, porque sempre deixei tudo nas mãos Dele”.

Por ter terminado em quarto lugar no ranking do CT 2023, Chianca abre o sistema mata-mata contra o quinto colocado, Jack Robinson. Quem passar, enfrenta o número 3, o também australiano Ethan Ewing. O vencedor disputará com o vice-líder, Griffin Colapinto, o duelo que define o adversário de Filipe Toledo na melhor de três baterias que vai decidir o campeão mundial.

João ‘Chumbinho’ Chianca encara Jack Robinson na primeira bateria.

João 3 x 1 Jack – João Chianca e Jack Robinson já se enfrentaram em quatro baterias nas etapas do CT e o placar está 3 a 1 para o brasileiro. A última foi na grande final da etapa de Portugal, onde Chumbinho conquistou a primeira vitória da sua carreira. A única vez que o australiano ganhou dele, foi nas semifinais de Pipeline também nesse ano, onde foi campeão.

As outras duas vitórias do João Chianca aconteceram em 2022, com o brasileiro derrotando Jack Robinson nas oitavas de final de Pipeline e na rodada inicial de Portugal. Nessa segunda, o australiano passou junto com ele para a terceira fase e o italiano Leonardo Fioravanti foi para a repescagem, por ter ficado em último lugar.

No Finals do ano passado, quem passou pelo primeiro confronto, chegou na decisão do título mundial. Foi assim com Italo Ferreira, que terminou como vice-campeão na melhor de 3 contra Filipe Toledo, bem como com Stephanie Gilmore, que conquistou seu oitavo título contra a pentacampeã, Carissa Moore. E assim como no passado, Filipe Toledo e Carissa Moore chegam em Lowers Trestles liderando o ranking da temporada.

Vaga olímpica – Na categoria feminina, o Finals também decide a última para Jogos Olímpicos de Paris 2024, entre as oito indicadas pela World Surf League. Para isso, a jovem Caitlin Simmers terá que vencer o primeiro desafio contra a australiana Molly Picklum, para encontrar Caroline Marks no duelo que poderá definir quem vai defender os Estados Unidos junto com Carissa nos Jogos.

Quem passar pela segunda bateria em Trestles, enfrenta a bicampeã mundial Tyler Wright no confronto que decide a adversária de Carissa Moore na melhor de 3 baterias. Essa é a primeira vez que a brasileira Tatiana Weston-Webb não participa do Finals. Em 2021, Tati foi vice-campeã mundial perdendo por 2 a 1 para Carissa Moore. No ano passado, terminou em quarto lugar, sendo barrada por Stephanie Gilmore na segunda bateria.

Ranking WSL após 10 etapas

Top-10 masculino 
1 Filipe Toledo (BRA) – 58.300 pontos
2 Griffin Colapinto (EUA) – 50.860
3 Ethan Ewing (AUS) – 48.080
4 João Chianca (BRA) – 44.290
5 Jack Robinson (AUS) – 43.950
6 Gabriel Medina (BRA) – 43.240
7 Yago Dora (BRA) – 41.610
8 John John Florence (HAV) – 39.035
9 Leonardo Fioravanti (ITA) – 37.985
10: Ryan Callinan (AUS) – 33.145
outros brasileiros
13 Italo Ferreira (RN) – 28.750 pontos
18 Caio Ibelli (SP) – 24.120

Top-10 feminino
1 Carissa Moore (HAV) – 62.490 pontos
2 Tyler Wright (AUS) – 62.065
3 Caroline Marks (EUA) – 59.870
4 Molly Picklum (AUS) – 54.070
5 Caitlin Simmers (EUA) – 49.070
6 Stephanie Gilmore (AUS) – 41.115
7 Lakey Peterson (EUA) – 40.760
8 Tatiana Weston-Webb (BRA) – 38.980
9 Gabriela Bryan (HAV) – 35.505
10 Bettylou Sakura Johnson (HAV) – 31.800