Billabong Pro Pipeline

Carissa desfila em Backdoor

Vice na etapa de 2020, havaiana Carissa Moore chega perto da nota 10, passa duas fases e está nas semifinais do Billabong Pro Pipeline.

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Carissa Moore chega perto da nota máxima e garante vaga nas semifinais do Billabong Pro Pipeline.

O Billabong Pro Pipeline teve um novo dia totalmente dedicado às meninas. Nesta quarta-feira (2) o pico havaiano funcionou com ondas de 4 a 6 pés e foram realizadas as baterias das oitavas e quartas de final da categoria feminina. Carissa Moore foi destaque ao conquistar duas notas no critério excelente, e chegar perto da nota máxima nas oitavas. A havaiana também passou pelas quartas e terá pela frente a norte-americana Lakey Peterson.

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Carissa dominou a quinta bateria da fase das 16 melhores do evento. A pentacampeã mundial botou pra dentro de uma craca para o Backdoor e conquistou 9.50 pontos. Essa foi a melhor apresentação de toda a etapa feminina até o momento. Pouco antes ela já havia passeado por dentro de uma direita e por muito pouco não completou o tubo. A adversária Bethany Hamilton não se achou na bateria e foi presa fácil.

Nas quartas ela fez a vitória também ser tranquila. Nem ela, nem Brisa Hennessy conseguiram se destacar até os dez minutos finais. A havaiana estava na frente, tendo 5.00 pontos como melhor nota, mas a costa-riquenha precisava de apenas 5.50.

Mas então Carissa passou por dentro de Backdoor quando restavam cinco minutos para o fim. A apresentação rendeu a segunda nota dela no critério excelente: 8.33 pontos. Para participar de sua segunda final seguida em Pipeline, a havaiana terá que superar Lakey Peterson. As duas se enfrentam na segunda bateria das semifinais.

“Tenho que admitir que eu estava muito nervosa esta manhã”, diz Carissa Moore. “Eu chorei muito de nervosismo e ansiedade. Foi bom, aí o sol saiu e fiquei feliz, porque parecia um dia muito bom para nós. Você sente muita energia ali no reef. Além disso, há tanta história nesse lugar. Então, se você é surfista, é aqui que você tem que surfar e querer melhorar a si mesma”.

“Temos um bom tempo ainda na janela de espera do evento e estou animada para ver o que vem por aí. Só espero que as ondas não sejam muito grandes (risos)”.

Lakey Peterson também surfa muito bem nesta quarta-feira.

Virada no fim – Carissa fez as maiores marcas do dia, mas Lakey não ficou muito atrás. O segundo maior somatório desta quarta-feira foi da norte-americana (13.83), que marcou 7.83 pontos na sua melhor onda surfada na vitória sobre a havaiana Luana Silva nas oitavas.

Nas quartas a vitória foi nos segundos finais. O confronto foi contra Johanne Defay, francesa que vencia até muito perto do fim, mas que viu Lakey passar por dentro de Backdoor, anotar 5.27 pontos e ficar com a vaga na semifinal.

Tyler Wright encontra caminho da vitória nas direitas de Backdoor.

Tyler quer o bi – Assim como Carissa, quem também quer fazer outra final em Pipeline é a australiana Tyler Wright, campeã da última etapa do CT 2019, que terminou no pico. Agora ela quer o bi.

A surfista duas vezes campeã mundial entrou na água pelas oitavas de final, mas a adversária não. A também aussie India Robinson sentiu uma lesão e optou por não competir. Para dar mais experiência para as meninas no pico, a WSL realizou bateria, e Tyler ficou os 40 minutos na água. Ela surfou cinco ondas e recebeu 5.50 pontos na melhor apresentação.

O confronto das quartas de final foi fraco de oportunidades. Tyler pegou apenas duas ondas (0.60 e 5.17), e a adversária foi em seis, mas acabou eliminada. A havaiana Malia Manuel tentou, mas a maior nota que fez foi 2.80 pontos. A australiana vai encarar a havaiana Moana Jones Wong de olho numa vaga na final.

Tatiana Weston-Webb mostra disposição, mas cai nas oitavas de final.

Tati eliminada – Moana tirou o Brasil das disputas femininas do Billabong Pro Pipeline. Única representante da América do Sul na etapa, Tatiana Weston-Webb perdeu nas oitavas de final para a convidada para a etapa.

A campeã do QS regional realizado em Pipeline no último mês de dezembro fez uma melhor escolha de ondas, e também se posicionou melhor no pico, principalmente para a esquerda.

Tati mais uma vez mostrou disposição e surfou ondas da série. Numa delas, para Backdoor, ela chegou a virar o resultado ao marcar 5.67 pontos, mas Moana rapidamente deu o troco. A havaiana botou pra dentro de numa esquerda da série (6.27) e reassumiu a primeira posição para não sair mais.

Nas quartas a disputa foi mais dura para Moana. Isabella Nichols achou um tubo para a direita (7.67) perto do fim, e botou pressão na havaiana. A australiana ainda teve uma chance de conquistar os 3.67 pontos que precisava para vencer, porém a onda pra Pipe fechou.

Moana Jones está literalmente em casa.

Próxima chamada – A próxima chamada para o Billabong Pro Pipeline acontece apenas na sexta-feira (4), às 14h50, para um possível início às 15h (de Brasília).

Billabong Pro Pipeline

Oitavas de final Femininas

1 Malia Manuel (HAV) 8.73 x 7.06 Sally Fitzgibbons (AUS)
2 Tyler Wright (AUS) 8.27 x W.O. India Robinson (AUS)
3 Moana Jones Wong (HAV) 10.77 x 9.44 Tatiana Weston-Webb (BRA)
4 Isabella Nichols (AUS) 11.06 x 7.03 Bettylou Sakura Johnson (HAV)
5 Carissa Moore (HAV) 14.67 x 2.23 Bethany Hamilton (HAV)
6 Brisa Hennessy (CRI) 9.16 x 5.03 Gabriela Bryan (HAV)
7 Johanne Defay (FRA) 12.94 x 11.17 Molly Picklum (AUS)
8 Lakey Peterson (EUA) 13.83 x 2.20 Luana Silva (HAV)

Quartas de final

1 Tyler Wright (AUS) 5.77 x 4.97 Malia Manuel (HAV)
2 Moana Jones Wong (HAV) 11.34 x 10.44 Isabella Nichols (AUS)
3 Carissa Moore (HAV) 13.33 x 4.37 Brisa Hennessy (CRI)
4 Lakey Peterson (EUA) 8.70 x 6.90 Johanne Defay (FRA)

Semifinais

1 Tyler Wright (AUS) x Moana Jones Wong (HAV)
2 Carissa Moore (HAV) x Lakey Peterson (EUA)

Quartas de final Masculinas

1 Kanoa Igarashi (JPN) x Kelly Slater (EUA)
2 Miguel Pupo (BRA) x Lucca Mesinas (PER)
3 John John Florence (HAV) x Seth Moniz (HAV)
4 Caio Ibelli (BRA) x Samuel Pupo (BRA)