Itacoatiara Big Wave 2023

Sinal amarelo em Niterói

Organização decreta Sinal Amarelo e segunda chamada para Itacoatiara Big Wave 2023 pode acontecer no sábado (5) ou domingo (6), em Niterói (RJ).

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A organização do Itacoatiara Big Wave (IBW) 2023 decretou Sinal Amarelo para uma possível realização do evento no próximo final de semana, sábado (5) ou domingo (6), em Itacoatiara, Niterói (RJ). A previsão mostra sólido swell com bom tempo e ventos favoráveis indicam boas possibilidades para da segunda chamada do IBW. Essa é a primeira competição totalmente disputada na modalidade tow-in.

No último dia 15 de julho rolou a primeira chamada após a chegada de um ciclone extratropical, que trouxe ondas potentes e ventos favoráveis. As provas seguem os modelos dos principais campeonatos de ondas grandes do mundo, o que visa à inclusão da praia niteroiense nas disputas dos campeonatos internacionais.

Três baterias abriram o primeiro dia do campeonato, cada uma com cinco equipes compostas por atletas e pilotos. Entre surfistas de nome de vários estados brasileiros, assim como do Chile, Equador e Peru, o destaque ficou com Lucas Chumbo, Gabriel Sampaio, Michelle Des Bouillons, Willyam Santana e Michaela Fregonese.

Participaram também Nando Fernandes, Valentim Neves, Daniel Rodrigues, Guilherme Hilel, Paulo Diego Imbica, Goutemberg Giulart, Pedro Calado e Kalani Lattanzi, entre outros. Prata da casa, o niteroiense Gabriel Sampaio foi um dos primeiros a entrar na água, puxado de jet ski por Nando Fernandes.

Janela até o dia 31 de agosto

A janela do IBW 2023 foi aberta no dia 14 de julho e permanece até 31 de agosto. A primeira chamada contou com condições perfeitas para a competição, segundo Alexey Wanick, diretor executivo do IBW.

“Itacoatiara possui as condições mais desafiadoras do país para a prática de tow-in, em razão da potência e do tamanho de suas ondas, além de uma condição muito difícil de navegação na arrebentação. As ondas estavam bastante propícias para o tow-in, garantindo um belo espetáculo nas descidas dos surfistas e resgates diferenciados”, comemora.

Nos últimos anos, o IBW se consolidou como a principal competição de surfe de ondas grandes do Brasil e, em 2023, com a modalidade tow-in, o projeto dá o primeiro passo em direção à sua internacionalização.

Duas chamadas e premiação total de R$ 85 mil

Na janela de competição, serão feitas até duas chamadas para as sessões de tow-in na Praia de Itacoatiara. Essas sessões acontecem quando as previsões indicam potentes ondulações e ventos favoráveis. A organização do evento acompanha as previsões e, quando são identificados swells com potencial é emitido um sinal amarelo entre 5 a 7 dias do dia da chamada. A ondulação se confirmando, é emitido o sinal verde.

Durante as sessões, os atletas terão suas ondas registradas por cinegrafistas. Após o encerramento da janela, as ondas serão julgadas por uma comissão de arbitragem profissional com base nos critérios internacionais adotados para o surfe de ondas grandes. A competição distribuirá R$ 85 mil em prêmio a ser dividido entre surfistas, pilotos e cinegrafistas que registrarem as ondas vencedoras.

O IBW 2023 é uma realização da Prefeitura de Niterói por meio da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, com apoio da NOB, Jappa da Quitanda, Brodão Brasil e da Secretaria Municipal do Clima.

Memória Big Wave 2022

Gabriel Sampaio e Willyam Santana sagraram-se campeões do Itacoatiara Big Wave 2022, ao descer ondas consideradas entre as maiores já surfadas no Brasil. O atleta de Niterói garantiu, à época, o lugar mais alto do pódio na modalidade remada ao surfar ondas potentes, uma delas com seis metros, em condições extremas e adversas, na Praia de Itacoatiara. Já o sergipano Willyan Santana levou o título no tow-in se destacando nas duas sessões na Laje do Shock.

A competição, que foi realizada entre junho e agosto, os atletas surfaram grandes ondulações e as ondas foram registradas em vídeo e enviadas para serem julgadas por um comitê técnico especializado. A paranaense Michaela Fregonese recebeu uma menção honrosa pela atitude e estilo que a levaram à quarta colocação na categoria entre 10 competidores. Ela ainda encarou a maior onda já surfada por uma mulher em Itacoatiara e no Brasil em todos os tempos, de cinco metros de altura.