Rio Mearim

Pororoca de equinócio

Sergio Laus e equipe de surfistas da selva desvendam as ondas tubulares do Rio Mearim (MA) durante a pororoca de equinócio, quando a lua nova eleva o nível das águas.

Uma equipe 100% local vem desenvolvendo ordenadamente e sustentavelmente todo o entorno da que hoje é considerada a melhor Pororoca do Brasil, do Rio Mearim (MA). O sucesso do time se encontra com seus pupilos, Ruan Pororoca e Hebert Detona, que nos últimos quatro anos ganharam muito conhecimento para oferecer a oportunidade de surfistas realizarem seus sonhos com segurança e profissionalismo na onda mais longa do mundo.

“Tenho muito orgulho desse time que se formou, que além de Ruan e Hebert, temos a Deyane e o Netinho, além de outros surfistas locais que recebem nosso apoio e incentivo para desfrutar do surfe na selva. Essa interação é muito importante e valorizo desde a época do auge, quando o rio Araguari ainda funcionava como a melhor pororoca do mundo”, diz Sergio Laus.

A melhor comparação para este fenômeno é a semelhança com um “Tsunami”, porém com dia e hora marcada para acontecer. Toda lua cheia e nova, nas maiores marés, o time da PororocaTur sabe exatamente aonde a maré começa a quebrar e terminar.

“Eu já surfei Pavones e Nias, e peguei ondas que multiplicavam por inúmeras vezes as melhores sessões e ainda não dava o tempo de onda que surfei no Mearim”, lembra Rafael Mellin, do Grupo SAL.

“É uma das melhores ondas do mundo. Minha alegria de surfar essas ondas, ainda mais ao lado do meu filho de 12 anos, é indescritível. Cheguei a dizer que fiquei mais alucinado do que quando fui para o Surf Ranch”, relata Tayguara Helo, empresário que já percorreu muitas ondas world class.

Mas o auge dessa temporada 2023 do inverno amazônico, foi na lua nova de equinócio, quando as águas do rio Mearim elevaram o seu nível e lançou grandes e perfeitas ondas por mais de 100 km de percurso!

E são com as imagens capturadas pelo fotógrafo profissional Carmello Seabra, oficial da praia da Grama, que Serginho Laus, Israel e Ives Carmona fizeram a mala, surfando ondas manobráveis e tubulares, de surfe e de foil.

O ponto alto da expedição aconteceu numa bancada que rodou um “barrel” perfeito e que Israel perseguia havia dois anos. “Depois que Laus falou que o tubo ainda estava quebrando, resolvi focar em entrar e sair desse tubaço. Nos anos anteriores, morri dentro e fiquei perto, mas dessa vez tudo se encaixou. Não tenho palavras para descrever esse momento, que reúne tanta força numa bancada de lama rasa e dura. É aquelas coisas, se não tiver as manha, não entra não”, lembra alucinado Israel, que é freesurfer e empresário.

A temporada da Pororoca está na sua metade e grandes emoções ainda prometem com esse time casca grossa. Por enquanto, vamos curtir essas ondas de água doce, que vem elevando o nível de muitos surfistas que procuram treinar numa verdadeira pista aquática.

Para saber mais acesse @pororocatur e @serginholaus no Instagram. Longas ondas e até a próxima lua.