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Tubo raro ameaçado em São Francisco do Sul

Petterson Thomaz faz sessão perfeita nos tubos do Sumidouro e denuncia possível construção de um porto que vai acabar com a onda.

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Em São Francisco do Sul, Santa Catarina, um dos tesouros mais raros do surfe brasileiro voltou a despertar.  No vídeo postado por Petterson Thomaz na última terça-feira (23), o Sumidouro, onda que chega a ficar anos sem aparecer, quebrou em condições clássicas

De acordo com Thomaz, a onda só quebra de duas a três vezes por ano, quando muito.

“Houve temporadas inteiras em que ela sequer deu as caras, e por isso cada sessão é  quase como uma viagem de surfe dentro do próprio quintal.”

Nesta rara janela, as ondas variaram entre 1 a 1,5 metros, proporcionando bons tubos. O acesso ao pico exige uma caminhada pela areia até chegar a um cenário que mistura praia e rio, ao melhor estilo surf trips domésticas, sempre acompanhadas de amigos.

Thomaz, que conhece bem os segredos do Sumidouro, lembrou que fazia cerca de dois anos desde sua última sessão por ali e destacou a importância da maré no funcionamento da onda.

“Essa onda depende totalmente da maré. Se errar o timing, não funciona. Hoje o encaixe foi perfeito: vento, maré e ondulação alinhados. Acho que tem uns dois anos que não caio aqui”, comentou.

A sessão começou com registros de sua GoPro, revelando os primeiros tubos, e logo em seguida Petterson engrenou e somou mais de dez tubos para a esquerda, com imagens captadas dentro e fora da água.

Apesar da festa no mar, Petterson fez um alerta. A possível construção de um porto no local ameaça o futuro da onda e do ecossistema ao redor.

“Se esse projeto do porto avançar, não é só a onda do Sumidouro que vai acabar. É todo o ambiente que será agredido. Espero que isso não aconteça e que meus filhos possam surfar aqui”.

Vale o drop!

Fonte Petterson Thomaz