Em sua coluna no site Coastalwatch, o jornalista Nick Carroll conta a história do surfista australiano David Ford, dono de uma coleção de mais de 300 pranchas antigas e que acabaram consumidas pelos incêndios florestais que assolam a Austrália.
Os foguetes ficavam em um abrigo em Lake Conjola, New South Wales, um dos estados mais atingidos pela tragédia. Na noite de 31 de dezembro, as chamas chegaram ao local.
“Me sinto culpado por não estar lá. Mas tenho sorte que minha casa acabou poupada”, relata Ford, que não estava no local, e sim passando as festas de fim de ano com parte da família em Melbourne.
Entre as pranchas mais clássicas constava um foguete de Owl Chapman com um adesivo da Rip Curl nas cores do arco-íris, além de pranchas feitas sob medida para Reno Abellira, Mark Richards, dentre outros.
Segundo Carroll, demorou um pouco até o colecionador ver que suas 300 pranchas possuíam valor para outras pessoas. Um dia, seu amigo Kurt Nyholm, surfista de Ulladulla e dono de uma surf-shop local, o convenceu a tirar as tábuas do galpão e fazer um vídeo contando um pouco de sua história.
Só o processo de tirar e colocar as pranchas de volta demorou mais de oito horas. “Depois disso, decidi que deveria começar a entrar em contato com os museus. Comecei a pensar como era ridículo ter todas essas pranchas escondidas, onde as pessoas não podiam vê-las”, diz David.
“Não era de conhecimento geral que eles estavam lá”, lamenta o colecionador. “”Estou chateado com a perda de parte dessa história”, finaliza David, que ainda não foi até o local do incidente.
