O Brasil começou o MEO Pro Portugal 2024 com 9 surfistas e segue com todos na etapa após o segundo dia de competição. Neste domingo (10) as disputas foram realizadas em direitas com cerca de 1,5 metro no pico Molhe Leste e quatro brasileiros competiram e avançaram na etapa. Gabriel Medina e Deivid Silva passaram pela repescagem. Já Tatiana Weston-Webb e Luana Silva estão classificadas para as quartas de final da etapa do CT na Europa.
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No total foram realizadas 19 baterias, sendo 15 femininas e 4 masculinas. Os homens competiram apenas pela repescagem. Gabriel Medina e Deivid Silva participaram da mesma bateria. Eles tiveram a companha do australiano Ryan Callinan.
Medina e Deivid – Medina surfou duas ondas em quatro minutos. O tricampeão mundial começou com três ataques que valeram 5.17 e logo depois bateu para colocar mais 3.93 no somatório. Deivid atuou logo depois. Ele executou duas pancadas, a segunda por baixo da crista da junção. A performance valeu 5.67 pontos. Na sequência Ryan e Deivid fizeram ondas com uma batida. O brasileiro anotou 4.60 e foi pra liderança, já o australiano inseriu 5.53 no placar. Após um início quente, a bateria deu uma esfriada.
A disputa chegou aos 14 minutos e Medina usou a prioridade. O brasileiro bateu forte e tentou um segundo ataque, porém chegou muito atrasado e caiu da prancha no retorno da manobra. Medina trocou 3.93 por 4.50 mas continuou na segunda posição, porém aumentou a diferença para Ryan, que passou a buscar no mínimo 4.14 pontos para não ser eliminado do MEO Pro Portugal 2024.
Os três surfistas voltaram a atuar antes dos 10 minutos finais e quem mexeu no somatório foi Medina. O brazuca fez 4 ataques de backside, anotou 7.83 pontos e se distanciou na frente do placar.
Deivid tentou aumentar a diferença para Ryan, mas não alterou sua pontuação. O australiano segurou a prioridade e fez o uso a 7 minutos do fim. Ele buscava 4.75 e virou com 4.83 depois de executar uma batida. O atleta chegou a se desequilibrar no retorno da manobra, mas seguiu em pé na prancha e subiu para o segundo lugar na bateria. Deivid ficou na necessidade de 4.69 para não se despedir da competição.
O brasileiro teve oportunidade perto do minuto final, depois de Medina remar numa onda e perder a prioridade. Deivid acertou duas manobras para marcar 6.77 pontos e tomar a posição de Ryan. O aussie não teve oportunidade de buscar os 6.91 pontos que precisava e foi eliminado. No Round 3 Medina encara Miguel Pupo e Deivid Silva vai pra cima do australiano Ethan Ewing.
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Início ruim – O Brasil não começou bem na categoria feminina do MEO Pro Portugal 2024. Tanto Luana Silva quando Tatiana Weston-Webb terminaram em terceiro lugar e caíram para a repescagem.
Luana competiu contra duas australianas na segunda bateria feminina do evento, surfou apenas duas ondas e caiu para a repescagem. Sophie McCuloch começou com 5.17 e Molly Picklum com 4.17 pontos. A brasileira atuou pela primeira vez na competição aos 7 minutos. Com uma rasgada e uma batida numa junção espumada anotou 3.67 pontos. Três minutos depois ela voltou a surfar de frontside, acertou uma batida e assumiu a primeira posição ao colocar mais 2.77 no somatório.
A partir dali a brasileira parou e as adversárias cresceram na disputa. Aos 12 minutos Molly fez uma curva lenta, mas chegou forte na junção para marcar 6.17 pontos. Sophie pegou a primeira posição aos 14 minutos. A aussie atingiu a junção com muita força, anotou 6.33 e jogou Luana para o último lugar.
A brasileira pegou a prioridade e passou a esperar uma boa oportunidade para marcar os 6.67 que precisava para evitar a repescagem. Luana passou a última metade da disputa sem surfar e ficou na terceira posição. Sophie ainda aumentou a diferença para as adversárias no minutos final (5.43) e garantiu a vitória.
Na quinta foi a vez de Tatiana Weston-Webb não se dar bem. A brazuca, campeã da etapa em 2022, chegou perto do minuto final em segundo lugar, porém sofreu a virada de Johanne Defay, que saiu da última para a primeira posição. A francesa avançou junto com a australiana India Robinson.
A aussie começou bem. India foi a última a estrear no duelo, mas aos 10 minutos executou um snap e um ataque à junção para marcar 7.50 pontos. Tati, que tinha as notas 2.83 e 0.23, foi para a última posição e Johanne caiu pra segunda. A francesa tinha 3.83 e 0.23 no somatório.
Johanne tentou voltar para a liderança aos 14 minutos. A atleta executou uma potente batida e conquistou 3.60 pontos. Tati subiu da terceira para a primeira posição logo depois. A brazuca executou uma rasgada curta e duas batidas numa direita intermediária para colocar 4.73 no placar.
As condições do mar não estavam boas naquele momento e as atletas passaram a ter dificuldades em encontrar paredes abertas e com espaço para manobras. India foi para a liderança a 6 minutos do fim. A australiana dropou e furou a onda por dentro, porém precisava de apenas 0.06 para melhorar sua posição no confronto e marcou 0.93.
Tati partiu pro ataque de backside. Ela chegou a acertar o lip com força, porém na volta da manobra o bico da prancha entrou na água e ela caiu. Em último, Johanne segurou a prioridade até próximo do minuto final, quando entrou numa direita e executou duas manobras bem definidas (rasgada e batida) de frontside. A performance valeu 6.50, ela foi para o primeiro lugar e avançou com India às oitavas de final. Tati caiu para a terceira posição foi pra repescagem.
Lesão ajuda brasileiras – As brasileiras superaram a repescagem sem irem pra água. Brisa Hennessy rompeu o tímpano na última bateria do Round 1 e abandonou a disputa. A costa-riquenha ficou em último lugar e caiu no duelo das brazucas na primeira fase eliminatória do evento. Como não teve condições de voltar pra água, Tati e Luana avançaram diretamente às oitavas de final.
Brisa se machucou na metade do duelo de 30 minutos. Naquele momento a surfista da Costa Rica entrou numa direita e executou uma manobra. Logo depois a onda fechou, ela pulou em pé e sofreu um impacto da prancha na cabeça. Brisa saiu do caldo, colocou a mão no ouvido e remou em direção à praia. Na areia ela foi atendida e não retornou para a bateria. Ela ocupava o segundo lugar no duelo quando saiu da água. A líder era a australiana Sally Fitzgibbons e a também aussie Tyler Wright necessitava de 5.17 pontos para sair da última posição.
Como as condições estavam difíceis no Molhe Leste, Tyler não teve facilidade para ultrapassar Brisa no placar. Mas a australiana diminuiu a diferença para 2.21 quando marcou 3.47 pontos, e a 2 minutos do fim executou uma batida, anotou 2.43 pontos e assumiu o segundo lugar.
Brasileiras nas oitavas – A primeira brazuca a competir nas oitavas foi Tati. Ela competiu contra Sally Fitzgibbons no quarto confronto e as duas entraram em ação nos primeiros minutos da bateria. A australiana abriu o duelo com rasgada e batida que valeram 5.50 pontos. A brasileira também achou uma direita que deu oportunidade para duas manobras, porém caiu na segunda, um ataque à junção. Tati abriu com 2.00 pontos. Na segunda atuação a brazuca não cometeu o mesmo erro. Tati bateu e rasgou pra marcar 6.50 e assumir a liderança.
Enquanto a australiana segurava a prioridade e esperava uma boa oportunidade, a brasileira atuava. Aos 7 minutos Tati voltou a executar duas manobras de backside e conquistou 6.93 pontos. Sally passou a buscar no mínimo 7.93 para avançar às quartas de final. A aussie teve mais de 20 minutos para tentar reverter o placar, porém não surfou mais nenhuma onda. A brasileira votou a atuar, mas não alterou o somatório. A vitória foi pelo placar de 13.43 a 5.50 pontos. Tati enfrenta Bettylou Sakura Johnson no próximo round.
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Luana barra terceira do ranking – Luana Silva participou da sétima bateria das oitavas de final e mandou pra casa Caitlin Simmers, a atual terceira colocada do ranking.
Luana abriu a disputa com uma rasgada que valeu 4.33 pontos. A brasileira surfou outra onda nos 10 minutos iniciais (0.93), e a adversária até tentou entrar numa direita, porém não conseguiu e perdeu a prioridade. A brazuca usou o direito de escolha aos 11 minutos. Ela executou um potente snap e tentou bater na sequência, porém o espaço era curto e ela caiu da prancha. A performance valeu 3.83 e ela deixou Caitlin na necessidade de 8.16 pontos para seguir viva na etapa.
Caitlin surfou pela primeira vez no confronto quase na metade da bateria de 30 minutos. Ela só encontrou espaço para uma batida, começou com 3.63 e passou a precisar de 4.53 pontos. Luana voltou a atuar aos 17 minutos. Ela acertou uma rasgada e caiu na tentativa de uma batida. Os 3.33 pontos não entraram no somatório.
A atual terceira colocada no ranking procurou ficar mais ativa e surfou duas ondas, porém foram fracas e as notas não chegaram a 1 pontos. Ela entrou nos 10 minutos finais necessitando ainda de 4.53 para vencer. A brasileira tinha a prioridade.
As ondas deram uma sumida no pico Molhe Leste, mas o bicho pegou nos 3 minutos finais. Luana usou a prioridade, rasgou e bateu para aumentar a diferença para a adversária com 6.57 pontos. Caitlin também fez duas manobras e marcou 4.90 para colocar pressão na brasileira.
A surfista dos Estados Unidos ainda pegou outra onda no último minuto e fez dois ataques. Naquele momento ela precisava de 7.17 pontos. A nota 6.17 não alterou o resultado e a brasileira seguiu em frente na prova portuguesa para encarar Johanne Defay. Caitlin se despediu do evento em 9º lugar.
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Melhor do dia – A melhor surfista do dia foi Caroline Marks. A atual campeãl mundial venceu a bateria mais disputada deste domingo, a de número 5 das oitavas de final femininas.
A adversária, a também norte-americana Sawyer Lindblad, tinha duas notas na casa dos 7 pontos (7.67 e 7.10) e Caroline uma (7.77), então aos 19 minutos a surfista fez 4 ataques de backside na direita do Molhe Leste, 3 deles muito fortes, e conquistou 8.83 pontos, a maior nota do dia. Sawer não desistiu e chegou perto da virada quando precisava de 8.44 e marcou 8.17, porém acabou eliminada da etapa. Caroline venceu com o maior somatório da prova até o momento, 16.60, e Sawyer perdeu com a segunda maior pontuação do CT da Europa em 2024, 15.84.
Próxima chamada e previsão ondas – A próxima chamada para o MEO Pro Portugal 2024 acontece nesta segunda-feira (11) às 4h (de Brasília). As disputas devem voltar a ser realizadas no palco principal, Supertubos. De acordo com a previsão do Surfline, o dia deve amanhecer com séries de até 10 pés de face e diminuir com o passar das horas chegando a 6 pés no final do dia. A ondulação é de Oeste-Noroeste, boa para o pico, e o vento de Noroeste, que é lateral / terral na praia de Peniche.
MEO Pro Portugal 2024
Round 1 Feminino
1 Caitlin Simmers (EUA) 11.03 x Isabella Nichols (AUS) 10.00 x Alyssa Spencer (EUA) 6.14
2 Sophie McCulloch (AUS) 11.76 x Molly Picklum (AUS) 10.34 x Luana Silva (BRA) 6.44
3 Caroline Marks (EUA) 10.50 x Gabriela Bryan (HAV) 8.83 x Francisca Veselko (POR) 8.67
4 Bettylou Sakura Johnson (HAV) 14.03 x Sawyer LIndblad (EUA) 13.80 x Lakey Peterson (EUA) 10.10
5 Johanne Defay (FRA) 10.33 x India Robinson (AUS) 8.43 x Tatiana Weston-Webb (BRA) 7.56
6 Sally Fitzgibbons (AUS) 11.00 x Tyler Wright (AUS) 5.90 x Brisa Hennessy (CRC) 5.67
Repescagem
1 Caitlin Simmers (EUA) 11.90 x Lakey Peterson (EUA) 1.07 x Francisca Veselko (POR) 7.07
2 Tatiana Weston-Webb (BRA) x Luana Silva (BRA) x Brisa Hennessy (CRI) W.O. (tímpano perfurado)
Oitavas de final
1 Gabriela Bryan (HAV) 12.06 x 8.43 Molly Picklum (AUS)
2 Tyler Wright (AUS) 14.33 x 7.50 Alyssa Spencer (EUA)
3 Bettylou Sakura Johnson (HAV) 14.17 x 9.50 India Robinson (AUS)
4 Tatiana Weston-Webb (BRA) 13.43 x 5.50 Sally Fitzgibbons (AUS)
5 Caroline Marks (EUA) 16.80 x 15.84 Sawyer Lindblad (EUA)
6 Lakey Peterson (EUA) 12.24 x 9.76 Isabella Nichols (AUS)
7 Luana Silva (BRA) 12.07 x 11.07 Caitlin Simmers (EUA)
8 Johanne Defay (FRA) 10.67 x 7.50 Sophie McCulloch (AUS)
Quartas de final
1 Gabriela Bryan (HAV) x Tyler Wright (AUS)
2 Bettylou Sakura Johnson (HAV) x Tatiana Weston-Webb (BRA)
3 Caroline Marks (EUA) x Lakey Peterson (EUA)
4 Luana Silva (BRA) x Johanne Defay (FRA)
Repescagem Masculina
1 Griffin Colapinto (EUA) 14.80 x Jake Marshall (EUA) 11.46 x Joaquim Chaves (POR) 10.33
2 Kanoa Igarashi (JAP) 14.76 x Matthew McGillivray (AFR) 12.97 x Marco Mignot (FRA) 10.83
3 Gabriel Medina (BRA) 13.00 x Deivid Silva (BRA) 12.44 x Ryan Callinan (AUS) 10.36
4 Rio Waida (IDN) 12.67 x Liam O’Brien (AUS) 11.13 x Ian Gentil (HAV) 9.27
Round 3
1 John John Florence (HAV) x Kade Matson (EUA)
2 Liam O’Brien (AUS) x Jake Marshall (EUA)
3 Jordy Smith (AFR) x Cole Houshmand (EUA)
4 Seth Moniz (HAV) x Crosby Colapinto (EUA)
5 Ethan Ewing (AUS) x Deivid Silva (BRA)
6 Italo Ferreira (BRA) x Matthew McGillivray (AFR)
7 Connor O´Leary (AUS) x Ramzi Boukhiam (MAR)
8 Yago Dora (BRA) x Frederico Morais (POR)
9 Jack Robinson (AUS) x Matias Canhoto (POR)
10 Gabriel Medina (BRA) x Miguel Pupo (BRA)
11 Leonardo Fioravanti (ITA) x Caio Ibelli (BRA)
12 Kanoa Igarashi (JAP) x Samuel Pupo (BRA)
13 Griffin Colapinto (EUA) x Eli Hanneman (HAV)
14 Jacob Willcox (AUS) x Imaikalani deVault (HAV)
15 Callum Robson (AUS) x Rio Waida (IDN)
16 Barron Mamiya (HAV) x Joan Duru (FRA)
Top-10 do Ranking Masculino
1º John John Florence (HAV) – 12.545 pontos
2º Jack Robinson (AUS) – 11.330
2º Barron Mamiya (HAV) – 11.330
4º Jordy Smith (AFR) – 10.830
5º Connor O´Leary (AUS) – 9.405
6º Kanoa Igarashi (JPN) -9.130
7º Ethan Ewing (AUS) – 8.065
7º Liam O´Brien (AUS) – 8.065
9º Ryan Callinan (AUS) – 7.415
9º Ian Gentil (HAV) – 7.415
Brasileiros
13º Italo Ferreira (RN) – 6.075 pontos
17º Yago Dora (SC) – 4.650
17º Miguel Pupo (SP) – 4.650
26º Gabriel Medina (SP) – 2.660
26º Samuel Pupo (SP) – 2.660
26º Deivid Silva (SP) – 2.660
32º Caio Ibelli (SP) – 1.595
34º João Chianca (RJ) – 530
35º Filipe Toledo (SP) – 265
Top-10 do Ranking Feminino
1ª Molly Picklum (AUS) – 17.800 pontos
2ª Caitlin Simmers (EUA) – 14.745
3ª Bettylou Sakura Johnson (HAV) – 13.885
4ª Brisa Hennessy (CRC) – 12.170
5ª Caroline Marks (EUA) – 10.830
6ª Johanne Defay (FRA) – 9.490
7ª Tatiana Weston-Webb (BRA) – 7.355
7ª Isabella Nichols (AUS) – 7.355
7ª Luana Silva (BRA) – 7.355
10ª Lakey Peterson (EUA) – 5.790
