Brasileiro Feminino

Coletiva rola em Ubatuba

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Na noite de ontem, Wiggolly Dantas e família receberam convidados para a Coletiva de Imprensa e Coquetel de Abertura do Campeonato Brasileiro Wizard Surf Feminino em Ubatuba. Na ocasião, as atletas profissionais Suelen Naraisa, Claudia Gonçalves, Jacqueline Silva e Silvana Lima falaram sobre a importância do evento. A veterana Brigitte Mayer também esteve presente, além de Pedro de Carle, diretor executivo da AUS, Associação Ubatuba de Surf e Robinho Goulart, head judge (juiz principal) do evento.

 

“Esse campeonato é a realização de um sonho. Eu como atleta profissional sei bem a importância de competir, ficar sem evento é muito duro. Então, falando com um amigo um dia começamos a pensar porque eu não fazia uma etapa do Brasileiro Feminino, falei com a minha mãe e ela topou na hora”. O surfista da elite do surfe mundial acredita que com vontade é possível realizar um circuito. “Acabou se tornando um sonho, estou muito feliz por realizar esse evento pelo segundo ano consecutivo”, contou Wiggolly.

 

“É muito linda a atitude do Wiggolly e da família Dantas. Espero que isso sirva de exemplo para inspirar outros a fazerem o mesmo. É uma semente linda que está sendo plantada novamente pelo surfe feminino”, disse Brigitte, que durante bastante tempo correu o circuito nacional de surf e viveu os anos de ouro do esporte no Brasil. “Espero que as gerações, atual e futura, possam desfrutar daquilo que eu pude desfrutar no passado ao lado de todas as minhas irmãs do esporte”.

 

Claudia Gonçalves, ícone do surfe feminino brasileiro, estava visivelmente emocionada e lembrou da dificuldade que as atletas enfrentaram quando o circuito brasileiro deixou de existir. “Quero agradecer a todos vocês presentes aqui hoje. Essas surfistas que foram tão prejudicadas quanto tudo parou, ficamos cinco anos sem um circuito brasileiro profissional e muitas meninas tiveram que abandonar a carreira de atleta para sobreviver. Tudo isso devido a falta de incentivo, falta de evento e não de talentos”. Claudia comemorou a união das atletas, que com o Campeonato Brasileiro podem voltar a sonhar com uma carreira profissional. “É muito lindo ver essa união, todas vocês aqui juntas em nome de uma causa, é muito lindo, é incentivador para as futuras gerações”.

 

Pedro de Carle, Presidente da AUS faz um trabalho ativo junto às escolas de Ubatuba, incluindo o surf na grade curricular das crianças do ensino médio. “A adesão das meninas ao surfe é enorme nesse trabalho que realizamos com as esolas, acredito que o futuro do surfe feminino esteja garantido. Só falta iniciativas como essa do Wiggolly e família para que a modalidade brilhe novamente no Brasil.” Pedro também aproveitou para agradecer aos patrocindores, que também apoiam o circuito municipal de surfe de Ubatuba e a Prefeitura Municipal.

 

Jacqueline Silva, que detem o título de Campeã Brasileira de 2015, falou sobre o intervalo difícil sem competições. “É natural que a gente fique um pouco sem estímulo, parei de treinar forte, afinal, não havia mais competição”. Jacque viajou à El Salvador dias antes do Campeonato Brasileiro para treinar. “O inverno foi muito rigoroso no Sul esse ano, acabei surfando pouco”.

Suelen Naraisa, irmã de Wiggolly Dantas, não conteve as lágrimas ao falar sobre a possibilidade de se afastar das competições. “Sou muito competitiva e é difícil me imaginar longe. Mas hoje já aceito essa fase de transição importante que estou vivendo agora. Hoje fico muito grata de ver a alegria nos olhos de meninas que sonham em aprender a surfar ou evoluir no esporte”. Suelen é educadora física e tem uma escola de surfe em Itamambuca, lugar onde nasceu, cresceu e aprendeu a surfar. Além da escola, Suelen viaja para fora do país com meninas que querem experimentar a vivência completa no esporte. “Ver uma garota entrar num fundo de pedra ou enfrentar ondas grandes, superarem limites é muito gratificante”, finalizou Suelen.

 

A inclusão da categoria Sub10 este ano foi assunto também. Naraisa lembrou que a pedido de muitas atletas foi possível incluir as surfistas abaixo dos 10 anos de idade no campeonato. “Temos que incentivar as categorias de base e dar espeço para as meninas que estão começando. Surgiram algumas questões sobre porque não ter a Sub16 ao invés da Sub10, mas acreditamos que seja muito importante olhar para as categorias de base mesmo. Claro que a intenção para o próximo ano é termos também a Sub16”.

 

O evento segue nesse sábado e domingo, confira o cronograma:

 

Dia 24 de setembro – Primeira chamada: 07:30

08:00 as 09:30 – 1ª. Fase Feminino Sub 18 – 6 baterias – 15 minutos

09:30 as 12:10 – 1ª. Fase Feminino Profissional – 08 baterias – 20 minutos

12:10 as 13:10 – 1ª. Fase Feminino Sub 12 – 4 baterias – 15 minutos 

13:10 as 14:10 – 1ª. Fase Feminino Sub 10 – 4 baterias – 15 minutos 

14:10 as 14:55 – 2ª. Fase Feminino Sub 18 – 3 baterias – 15 minutos 

14:55 as 15:25 – Semifinal Feminino Sub 12 – 2 baterias – 15 minutos 

15:25 as 15:55 – Semifinal Feminino Sub 10 – 2 baterias – 15 minutos 

15:55 as 16:15 – Final Feminino Sub 12 – 1 bateria – 20 minutos

16:15 as 16:35 – Final Feminino Sub 10 – 1 bateria – 20 minutos

 

Dia 25 de setembro – Primeira chamada: 07:30

08:00 as 10:40 – Segunda Fase Feminino Profissional – 8 baterias – 20 minutos

10:40 as 11:10 – Semifinal Feminino Sub 18 – 2 baterias – 15 minutos

11:10 as 12:30 – Quartas de final Feminino Profissional – 4 baterias – 20 minutos

12:30 as 13:00 – Air Show Masculino – 1 baterias – 30 minutos

13:00 as 13:40 – Semifinal Feminino Profissional – 2 baterias – 20 minutos

13:40 as 14:00 – Final Feminino Sub 18 – 1 bateria – 20 minutos

14:00 as 14:25 – Final Feminino Profissional – 1 bateria – 25 minutos

14:30 hs – Premiação