Talento precoce

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Gabriel Nascimento, 15, é uma das revelações do longboard brasileiro. Foto: Manoel Campos.

Considerado uma das revelações do longboard brasileiro, o carioca Gabriel Nascimento foi o mais jovem atleta a participar do Oxbow Pro Longboard Championship 2007 em Anglet, França.

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O atleta de apenas 15 anos disputou a triagem e chegou a avançar uma fase na praia de Les Cavaliers.

Gabriel pratica o esporte há apenas dois anos e já tem no curriculo viagens para o Peru, Costa Rica, França e Hawaii.


Gabriel durante session em Gas Chambers, Hawaii. Foto: Bruno Lemos / Lemosimages.com.

Além de disputar o Mundial nas águas francesas, o carioca teve a oportunidade de competir em eventos como o Rabbit Kekai International Longboard Classic, evento realizado na Costa Rica e que definiu o campeão mundial de 2006.


Ano passado, encarou a segunda temporada havaiana e fez bonito. Foi até o Kauai e conquistou as categorias Open e Explorer numa etapa do National Scholastic Surfin Association (NSSA).


Atual vice-campeão brasileiro júnior, Gabriel treina forte para brilhar ainda mais. Este ano, o morador do Leblon quer dominar os circuitos brasileiro e carioca na categoria Júnior.


Viagens internacionais também estão em seus planos. ?Quero disputar o US Open na Califórnia e o Rabbit Kekai na Costa Rica. No fim do ano, vou para mais um temporada no Hawaii?, revela o longboarder.


Gabriel conta com os patrocínio da Oakley, Xcel Wetsuits e Teccel Blanks. O atleta testa diferentes pranchas de shapers como Filipe Haje, Udo Bastos e Neco Carboni.


A ida ao Mundial na França deu uma boa experiência ao atleta. ?Quero ser surfista profissional de longboard. É importante um atleta ficar habituado, desde novo, no meio da competição internacional. Quando estiver no auge da forma física, ele poderá encarar aquilo de uma forma natural, não como uma novidade, podendo assim chegar ao título mundial, vide o exemplo do Phil?, acredita o carioca.


Pela primeira vez o atleta viajou sem a companhia do pai, Beto. ?Foi uma experiência alucinante, tanto por ter sido minha primeira viagem internacional sozinho, como por estar entre os melhores longboarders do mundo?, continua.


No Mundial, Gabriel pôde observar as melhores características de cada competidor. ?Vou tentar adaptar o aprendizado ao meu surf, buscando cada vez mais o aperfeiçoamento?, comenta.


Presenciar o show dos brasileiros Phil Rajzman, Danilo Mulinha e Carlos Bahia foi marcante na vida do jovem longboarder. ?Posso dizer que senti uma emoção tão grande quanto meu avô, talvez, tenha sentido ao ver o Pelé ser campeão pela seleção brasileira?, compara Gabriel.


?A festa não poderia ter sido melhor. A galera do Brasil estava toda reunida no melhor clima. Estávamos com bandeira, instrumentos musicais; foi uma enorme euforia. Sabíamos que nossa união levaria ao tão sonhado título mundial?, diz o carioca.


?O Phil demonstrou que o longboard de hoje é um longboard progressivo que
mistura algumas manobras clássicas com manobras radicais executadas
normalmente por surfistas de shortboard, quebrando de uma vez por todas o
paradigma de que longboard é coisa para velhos?, finaliza Gabriel.