Visita ilustre

Santos recebe Jamie Brisick

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Rasmus e Svenn Wolthers, Pardhal e Jamie Brisick no Bikkini Barista. Foto: Jair Bortoleto.

No último sábado (16/01) recebi um e-mail do jornalista e fotógrafo norte americano Jamie Brisick, dizendo que estava em Sao Paulo (SP) com a esposa, visitando a familia dela e que gostaria de vir a Santos para tentar surfar na cidade berço do surf brasileiro e também me conhecer pessoalmente, pois nos correspondemos por e-mail desde o ano passado, quando ele enviou fotos para a inauguração do Museu do Surf.

 

Jamie Brisick, pra quem não conhece, correu o circuito mundial entre 1986 e 1991, numa epoca em que Tom Curren, Martin Pottz e Tom Carroll estavam no circuito. Ao sair do tour, começou a escrever para a revista australiana Waves e depois foi editor-chefe da revista norte americana Surfing Magazine. Ele também escreveu dois livros, sendo que um deles, chamado “We Approach Our Martinis With Such High Expectations”, entre outras historias e fotos, fala de suas passagens pelo Brasil.

 

Atualmente, Jamie mora em Nova Iorque e é casado com a paulista Gisela Matta. Jornalista por natureza, escreve para as principais revistas de surf do mundo, incluindo The Surfers Journal, e também escreve sobre viagens e cultura popular para os jornais The New York Times e o inglês The Guardian.

 

As impressões de Jamie sobre Santos não poderiam ser melhores. Primeiro, ficou abismado com a beleza da Serra do Mar e da estrada encravada nas montanhas. Depois, chegando ao Parque Roberto Mario Santini, no Quebra-mar, ele conheceu as dependencias do Museu do Surf e elogiou bastante a estrutura do parque.

 

“A situação aqui é quase perfeita para o surf! Museu, escola de surf gratuita, palanque, pista de skate ao lado do mar. Estou muito impressionado”, disse ele.

 

Em seguida, acompanhados pelos diretores da Associação Santos de Surf, fomos convidados para almoçar no restaurante do Bikkini Barista Coffe & Clubbin’, no centro histórico, onde fomos recebidos pelos proprietários Crica e Rasmus Wolthers. Jamie gostou bastante da casa, amou o prato servido e ficou impressionado com o gosto do café. Depois, retornou ao Quebra-mar para rever seu amigo de longa data, Picuruta, e foi direto para água, com um pranchão da escola do Gato.

 

Cabeca feita, mesmo nas pequenas ondas do Quebra Mar, ele ainda teve tempo de falar sobre o circuito mundial atual, relembrou velhos conhecidos e ainda contou uma curiosidade. Em 1988, durante o Sundek Classic, em Ubatuba, enquanto estava no hotel, seus companheiros de viagem, entre eles Grant Ellis, chegaram dizendo que havia dois brasileiros na água arrebentando. Diziam que um surfava como o Tom Curren e o outro como o Occy. Eram Fabio Gouveia e Flávio Padaratz, já fazendo seus nomes e quebrando barreiras.

 

Jamie simplesmente amou Santos e afirmou estar muito interessado em escrever um artigo sobre a cidade para o The New York Times, pois disse que mesmo com todos os contrastes encontrados no Brasil, Santos é como um paraíso no meio disso tudo. Prometeu também nos visitar em dezembro deste ano quando voltar ao Brasil.

 

Ele sempre foi uma grande inspiração como jornalista, escritor e fotógrafo. Tê-lo aqui na cidade de Santos e vê-lo ir embora feliz da vida foi bastante interessante e gratificante para mim.