Novo talento

Samuel Igor vem para ficar

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Samuel Igor bota no trilho em Maracaípe (PE). Foto: Lorenzo Contini / Deepfotos.com.

O palco da segunda etapa do Estadual Sub-18 do Rio foi o Arpoador, onde na década de 80 aconteceu a primeira etapa de Mundial IPS no Brasil.

 

Ondas nas quais duas décadas antes, pioneiramente, o australiano Peter Troy surfou modernamente para espanto de muitos, fronteira de Ipanema e Copacabana.

 

As ondas chegaram a um metro com excelente formação, o sol apareceu e o público prestigiou a etapa.

 

Quem roubou a cena no berço do surf nacional, foi o paraibano Samuel Igor, 14.

 

O atleta, que chegou da Paraíba há cerca de dois meses para tentar a sorte em águas cariocas, mostrou muita habilidade e emplacou a melhor média do evento, 16.75 pontos, na terceira bateria de sua categoria, a Iniciantes.


“Sou da Baía da Traição, lá na Paraíba. Ontem (10/8), surfei pela primeira vez aqui no Arpoador para conhecer este mar. Gostei muito, hoje consegui pegar duas ondas boas na bateria e fiz o que os juízes gostam”, diz Samuel sobre a melhor média.

 

Samuel, integrante iniciante e mirim do selecionado paraibano, na abertura do circuito da Confederação Brasileira no Rio Grande do Norte, foi mais uma vítima da redução drástica do Bolsa Atleta Estadual na Paraíba, na qual era merecido indicado.

 

A condição social de Samuel Igor, garoto bem criado pela mãe de origem muito modesta, hoje é valorizada pelos títulos conquistados em casa e nos vizinhos RN e PE.

 

Não se sabe se Samuel Igor foi para ficar, mas sendo terceiro entre iniciantes no Rio, já mostrou que sabe para que está lá.

 

E mostrou no lugar certo, no eterno berço de eterno flerte do surf com o ser carioca, o Arpoador de Petit e Pepê, muito mais do que do sempre bem vindo Peter Troy.