No dia 26 de janeiro, na praia dos Molhes, um dos mais famosos locais para a prática do surf na cidade de Torres (RS), um grupo de aproximadamente 40 surfistas homenageou o surfista catarinense Ricardo Santos, assassinado com dois tiros na praia da Guarda do Embaú, em Santa Catarina.
Os surfistas remaram para além da arrebentação, no horário do almoço, e formaram um círculo de mãos dadas. Eles rezaram, jogaram flores ao mar e homenagearam um surfista que era sempre visto prestigiando eventos na praia gaúcha, portanto querido pela comunidade local.
“É um grande perda para o esporte pelos resultados expressivos que o Ricardinho já tinha alcançado em etapas importantes do circuito mundial, além de ser uma pessoa simples e com um astral contagiante. É revoltante a morte precoce dele e a forma como ocorreu”, comenta Renan Borba, presidente da Associação dos Surfistas de Torres (AST) e um dos organizadores da homenagem.
O ato simbólico, além do protesto silencioso pela paz e menos violência em nossas cidades, também serviu para que o espírito de preservação do falecido surfista siga vivo. “Ricardinho já tinha alertado em uma coluna escrita no portal Waves sobre impactos negativos como violência, drogas e desrespeito à natureza em sua pequena comunidade. Esse legado deve seguir dentro de cada um de nós, em nossas comunidades, que já enfrentam problemas idênticos”, declarou o biólogo e surfista Jonas Brocca.
