The Hole

O buraco é mais embaixo

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Sylvio Mancusi experimenta o power do pico. Foto: Bia Silveira.

Tom Carroll, Strider Wasilewsky e Ross Clark Jones foram os primeiros surfistas a registrar a incrível onda de The Hole (o buraco) nas ilhas MentawaiI, Indonésia. No filme produzido na ocasião, Carroll afirma que essa onda foi uma das melhores que já havia surfado em sua carreira.

 

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Quando checamos os mapas de previsão antes de embarcarmos na trip de estreia do Star Koat, primeiro barco brazuca naquelas águas, o foco era finalizarmos com chave de ouro.

Everaldo Pato Teixeira vai fundo na brincadeira. Foto: Bia Silveira.

Essa onda mágica é a mais distante do porto de Padang, mas era nosso foco. Marlom e Kadu, os donos do barco, não economizaram gasolina e nem energia. Cumpriram a promessa de levar nossa turma até lá.

Depois de surfarmos durante os 10 primeiros dias as famosas: Rifles, Telescopes, Lances Left e Hollow Trees, navegamos por dezenas de horas até chegar ao tão sonhado pico.

Depois do terremoto de 2004, várias bancadas da ilha de Sumatra sofreram mudanças. Algumas ondas ficaram melhores e outras piores. The Hole ficou ainda mais rasa e curta. O que eram dois a três tubos no filme do Tom Carroll, tornou-se um ou dois tubos, ainda mais desafiadores.

 

A real é que depois de analisarmos as imagens, podemos até dizer que os melhores momentos de The Hole podem ser comparados a Teahupoo.

 

Foram dois dias de altas ondas e várias pranchas quebradas ao meio. Eu parti três delas, o que comprova a potência da onda. No pico, tripulantes de dois a três barcos revezavam-se nas ondas.

 

Um deles era do peruano Jorge, com 14 anos de Mentawaii. Ele ensinou muito da navegação local para o comandante do nosso barco, Kadu Maia.

 

A maioria da tripulação de Jorge era composta de brasileiros, entre eles Terence Shaufert e Paulo Pera. Terence pegou altas ondas. O proprietário da bar ”Kiwi”, em Balneário Camboriú (SC), mostrou que não entende só de balada e buscou a luz no final de vários tubos.

A vibe no pico não poderia ser melhor. Cada um na sua onda e todo drop bem sucedido era tubo. Kailani Jabour e Everaldo Pato eram os goofy footers na trip e percorreram altos tubos.

 

A mulherada no barco fazia a festa. Estavam presentes: Fabiana e Belinha (mulher e filha do Pato), Verônica e Mallia (mulher de João Maurício e namorada de Kailani), além de Bia Silveira, minha mulher.

 

Renato Pig e André Eloa completavam a barca do Star Koat. Nada melhor do que curtir altas ondas na companhia de sua família e amigos.

 

Parabéns para Belinha, filha do Pato, que passou horas no barquinho amarradona vendo opi entubar fundo. No segundo dia eu até fiz um kitesurf no local. Peguei algumas ondinahs rebocado pela pipa, só para fechar com chave de ouro.

Para todos nós foram dias inesquecíveis, estivemos perto da felicidade máxima. Afinal, para nós surfistas, tubos e amor é o que a maioria de nós pedimos a Deus antes de dormir.

Clique aqui para obter mais informações sobre o barco verde-amarelo nas Mentawaii. Eu recomendo de boca cheia!