Mr Bungle faz hardcore virar jazz

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#Para quem não sabe, o Mr. Bungle faz a maior mistureba que se pode imaginar. Os caras fazem um mix de podreira, jazz, metal e funk e a cada faixa você nunca sabe o que vai rolar.
O primeiro CD foi produzido por John Zorn, um dos grandes nomes do saxofone da atualidade. Para dar idéia da versatilidade do sujeito, no Free Jazz Festival de 91 ele se apresentou em São Paulo vestindo uma camiseta do Extreme Noise Terror, um dos troços mais barulhentos do death metal inglês.
Ou seja, o homem gosta de noise, apesar de ser jazzista. Portanto, o encontro dele com Mike Patton só poderia dar em porralouquice total.
Já no segundo CD, o “Disco Volante”, surgem novos elementos para o delírio musical ser mais complexo ainda. Em “Violenza Domestica” Mike Patton canta tango em italiano, vai vendo, e o resultado é absolutamente fantástico.
Já em “Desert Search For Techno Allah”, como o próprio nome da música diz, ouve-se uma melodia de tendência oriental ser derretida por uma viajante pancadaria tecno de resultado igualmente impressionante.
Parece que a banda, infelizmente, já era e que Mike Patton está montando outra, chamada Fantomas. Como ainda não chegou por aqui, mesmo nas importadoras, vamos de Mr. Bungle mesmo.
Afinal, não é qualquer grupo que consegue ser confundido com Frank Zappa, sobretudo pela forma incrível com que a banda consegue promover dezenas de variações em músicas que variam de cinco a dez minutos.
Vale a pena conferir. Não é reggae, não é surfmusic, tampouco som melódico como rock australiano. É barulho e metal progressivo misturado com jazz. Mas que faz neguinho viajar… pode ficar bem intranqüilo, por que não é som para entrar de prima.