Itman analisa Itacoatiara Pro

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André Guaraná abusa da radicalidade nesse 360 invertido. Foto: Flavio Brito.
Foi como deveria ser. Itacoatiara amanheceu chuvosa, às seis da manhã, eu e Dudu,  discutíamos a possibilidade da competição rolar. Ondas pesadas quebravam no meio da praia, algumas fechando. Mas a possibilidade da melhora com a maré mais cheia, fez o Itacoatiara Pro dar o sinal verde para os atletas caírem na água.        

 

O formato inovador da competição permitiu aos atletas, tranqüilidade para arriscar todos os tipos de manobras. Isso transformou a competição num verdadeiro show desde a primeira fase até a grande final.

     

O time local não foi bem e a suposta

Giu Lara confere as ondas e Itacoá. Foto: Águia.
vantagem de Dudu “pedra”, minha e de José Otávio, não foram suficientes para superar o belíssimo tubo de Jorge “pex” Antonio, o 360 inverso off the lip de André Guaraná e o tubo com 360 aéreo de Fabio Aquino. Thiago Adipas com seus tubos foi o único local a avançar para as quartas, deixando para trás o locutor oficial da competição, Hermano Castro. Tudo isso ainda na primeira fase.

    

Alexandre “boquinha” Cruz, Hardi “botinho” Jr e Tâmega foram mais consistentes que seus oponentes. Deixaram para trás Santiago Tobar, Ney Tude e o capixaba Magno Oliveira. Destaque para a bateria entre Felipe Perusin e Bruno

Tâmega capota na pressão e fatura mais um título. Foto: Flavio Brito.
Rodrigues. Ambos apresentaram um surf muito eficiente nos 20 minutos e a bateria foi decretada empatada. Como previsto na regra, os competidores retornaram à água para um novo confronto. O empate persistia até Perusin encontrar a onda certa e passear num largo e profundo tubo verde, e ser expulso por um lindo spray, levando a bateria, o melhor tubo da competição e o sorriso estampado no rosto.

    

As quartas de final começaram quentes. Na disputa Jorge Pex vs Aquino, foi à vez de Pex mostrar know-how e deixar Aquino em quinto. Adipas não conseguiu conter um Guilherme que surfou sem pressão de “segunda onda boa” ou “pegar a certa”, como declarou no fim da

GT se prepara para mais uma bateria. Foto: Flavio Brito.
competição e demonstrava toda a sua técnica, variando muito e exibindo um vasto repertório de manobras. Boquinha deixou Guaraná para trás com um back flip alucinante e o mesmo fez o Botinho com o Perusin, mas por dentro dos tubos.

    

Algumas rajadas de vento fortíssimas foram o imprevisto da competição, assim como o veto médico do campeão mundial Paulo Barcellos, que o impossibilitou de competir. O mesmo aconteceu com o local do pico e vice-campeão brasileiro e carioca Guilherme Corrêa. E ainda o atual campeão estadual Juninho, mas esses dois, por imprevistos de ultima hora. Melhor para os alternates, que tiveram a chance de competir de uma forma tão especial:

 

Otavio posa de galã durante o evento… Foto: Flavio Brito.
“Só de estar no line up de Itacoatiara com mais um, já é um privilégio”, ressaltou Alexandre “boquinha” Cruz, um dos alternates.

  

Coincidência ou não, dos quatro semifinalistas, dois eram alternates. Dessa vez GT que continuava na pressão, deixou a terceira colocação para Boquinha. E botinho, por sua vez, fez o mesmo com “pex”, mandando um invertido aéreo de expressão.

 

Na final contra Hardi Botinho, Guilherme continuou impressionando e manobrando forte. Quebrou em praticamente todas as ondas e ainda executou um backflip espetacular no fim da bateria. Foi mais que merecidamente o campeão do primeiro Itacoatiara Pro.

 

…E encara o triângulo matador em Itacoá. Foto: Águia.
Durante a premiação os organizadores, agora com o pseudônimo “ITMAN”, foram elogiados por todos os atletas presentes pelo formato inovador, a ousadia e transparência da competição. Provando que nada mais falta para a retomada.

 

O Itacoatiara Pro é uma realização da “ITMAN”, e contou com o apoio da BZ bodyboards, Backdoor, homem da terra, Highart, Redleyfins, Zuvuia. E cobertura total do Waves BB.

 

“Esta competição e a ITMAN trouxeram ao público um esporte chamado bodyboarding de alta performace, e é assim que iremos trabalhar”. Esta frase foi tirada das palavras de um dos organizadores ao fim da competição.

 

Pex cava forte em uma boa esquerda. Foto: Flavio Brito.
Resultado geral:

 

1. Guilherme Tâmega
2. Hardi Botinho
3. Jorge Antônio Pex
   Alexandre Boquinha Cruz

 

5. Thiago Adipas
    Fabio Aquino
    André Guaraná
    Felipe Perusin

 

9. Luis Eduardo
    Hermano Castro
    Santiago Tobar
    Ney Tude
    Bruno Rodrigues
    Giuliano Lara
    Magno oliveira
    José Otávio