Paulo Diego Imbica

Hawaii na raça

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Paulo Diego Imbica encara Jaws em sua primeira temporada havaiana. Foto: Surf Channel / Bidu Correia.

Local de Itacoatiara corre em busa de patrocínio. Foto: Surf Channel / Bidu Correia.

Para encarar Jaws é preciso preparo e disposição. Foto: Surf Channel / Bidu Correia.

Atitude, coragem e muito preparo são requisitos essenciais para qualquer surfista que almeja surfar ondas gigantes.

Requisitos que não faltam para o jovem Paulo Diego “Imbica”, big rider local de Itacoatiara (RJ), e que não pensa duas vezes antes de encarar as bombas.

Imbica tem experiência em algumas ondas mais pesadas da América Latina como Arica (Chile), Pico Alto (Peru) e Puerto Escondido (México).
 
Com 24 anos e sem patrocínio, ele partiu neste mês de dezembro rumo a sua primeira temporada havaiana, viagem que já havia sido adiada duas vezes por problemas com o visto.

Munido com suas gunzeiras, Paulo Diego surfou no último dia 22 um grande swell em Jaws, Maui. Em uma conversa pela internet, ele fala sobre a experiência.

Como foi a preparação e o início desta temporada no Hawaii?
 
Estava com o Lapo Coutinho no Rio quando ele tocou no assunto Hawaii. Há dois anos eu tento o visto, sempre foi uma dificuldade para conseguir. Lapinho me colocou uma pilha pra tentar de novo e vir surfar estas ondas.

A pilha dele me trouxe para o Hawaii. Estou sem patrocínio, há dois anos estou buscando evoluir meu surf em condições extremas, e durante todo esse processo estou tendo que contar com a ajuda da minha família.

E como foi chegar no arquipélago ao lado dos maiores big riders brasileiros?

Na verdade a maioria eu já conhecia. O Danilo Couto, por exemplo, que é um dos que eu mais me espelho, já tive a experiencia de surfar em Pico Alto no tempo em que vivi lá. Os da nova geração já conhecia dos tempos de competição.

Foi tudo maneiro, estou em sintonia com meu shaper Rodrygo Borges, e isso me dá um conforto por saber que posso confiar no meu material. A parte boa é que pude ouvir conselhos da galera que já havia ido no ano passado a Jaws como o Gordo, Diego Silva e o Lapinho.

Fale também sobre o dia em que você surfou Pipeline.

No dia do Natal recebemos um swell em Pipeline. Ficou grande, uns 4 metros, tive a chance de surfar a primeira vez lá com apenas mais cinco na água. Foi excelente para começar e testar outras pranchas. Mas há poucos dias pude ver o que realmente é Pipeline. Um crowd monstro de locais, acabei sendo varrido por uma série e saí da água sem pegar onda.

E quais são seus próximos objetivos nessa sua primeira temporada havaiana?

Na próxima semana encosta um swell gigante aqui. Vou me dedicar às ondas de Himalaia, Phantons e Waimea.