Barca irada

Em algum lugar da Nova Zelândia

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Leco aproveita bem o swell na costa Lesta da Nova Zelândia. Foto: Marina Galiotto.

Com a chegada do verão a costa Leste da ilha Norte da Nova Zelândia recebe boas ondulações provocadas por ciclones tropicais vindo das ilhas do Pacífico, como Fiji, Samoa, Tonga, entre outras.

 

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Swell como esses normalmente chegam à costa trazendo águas quentes, raridade por aqui.

 

Quando falo em água quente não quero comparar com o Nordeste brasileiro, mas quero dizer que chega a ser possível tirar o wetsuit, acessório indispensável para quem quer surfar em terra kiwi.

 

Checamos o surf report e as condições seriam perfeitas. Sol, vento terral e o ângulo do swell, direcionava a ondulação exatamente para a ilha mágica, onde o acesso é feito apenas de barco.

 

A maior preocupação era o equipamento de filmagem e fotográfico, já que a arrebentação estava intensa no pico. Então resolvemos embarcar pelo canal e fazer uma caminhada de 40 minutos. Enquanto isso a galera seguiu a embarcação para ancorar atrás das ondas tubulares que chegavam a 5 pés.

 

O cenário era realmente perfeito: uma ilha deserta e um beach break que lembrava a etapa do WCT no México.

 

Lá é impossível comprar uma água ou qualquer coisa do gênero. Na areia, mosquitos eram os locais da praia, e dispensar o repelente foi a maior falha da trip. Porém, dentro d?água os tubos não paravam de rodar.

 

Eu que optei pela caminhada e levei nas costas 10 quilos de equipamento, além da prancha, não agüentei em apenas registrar as imagens e acabei entrando na festa.

 

São dias como esses que fazem qualquer surfista esquecer todos o problemas, dias em que a única preocupação é sair do tubo, ou voltar rápido ao outside para pegar a maior da série.

 

Assim como a Indonésia, a Nova Zelândia é um ilha na qual existem inúmeros picos inexplorados, e ondas que nunca foram surfadas. O espírito ?The Search? reina na cabeça de brasileiros e surfistas do mundo todo que visitam o país dos esportes radicais.

 

Quem não conhece, acha que o país se resume nas esquerdas intermináveis de Raglan. Mas basta colocar o carro na estrada ou até mesmo o barco na água, para se surpreender com o potencial de surf que essa ilha isolada no Pacífico tem a oferecer.

 

Gostaria de agradecer a presença da Fotografa Marina Galiotto e Débora Paz por nos acompanhar na session e registrar os melhores momentos do primeiro swell do verão.