Caraguá promove curso de arbitragem

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O juiz profissional e shaper Jonas Ricci ministra o 2º módulo do curso de Introduçãoà Arbitragem do Surf. Foto: Renato Boulos.
Seguindo o cronograma do curso de Introdução à Arbitragem do Surf, as Faculdades Integradas Módulo, em Caraguatatuba, receberam no último dia 6 de novembro a segunda etapa do curso.

 

O primeiro módulo teve como convidado Paulo Motta, diretor técnico da Abrasp (Associação Brasileira de Surf Profissional), que falou sobre noções básicas de julgamento em baterias de surf dando uma introdução ao procedimento e andamento de um campeonato de surf.

 

Nesta segunda fase, o aluno de Educação Física, Jonas Ricci (juiz profissional e shaper) ministrou um workshop entrando mais a fundo nas regras gerais de surf para a aplicação dos critérios passados na primeira fase do curso.

Ricci abordou vários assuntos relacionados ao surf competição. Foto: Renato Boulos.

 

Um dos pontos mais enfatizados foram as interferências, uma das situações que mais geram polêmica durante os campeonatos.

 

Foram passados os tipos básicos de interferência, o direito de passagem em baterias de quatro surfistas e quando não houver prioridade em baterias de dois surfistas, interferência de remada, snaking e todas as penalidades possíveis nestes casos.

 

Os tipos de picos também foram citados, como point break (quando existe apenas uma direção disponível), múltiplos picos ao acaso (fundo de areia) e um pico (fundo de areia, pedra ou coral).

 

“Muitas vezes os juizes de surf trabalham sob pressão e stress e algumas situações de reclamação por parte de atletas tem que ser relevadas, pois o juiz não está ali para punir e sim para avaliar o desempenho do competidor” afirma Jonas Ricci. 

 

“O juiz tem a obrigação de estar atento a todas as situações que acontecem dentro da água, pois a evolução do surf fez com que estratégias de competição sejam utilizadas pelos atletas, o que exige ainda mais daqueles que estão julgando uma bateria de surf” completa Ricci.

 

O recurso do vídeo, que atualmente é utilizado em algumas competições, também foi abordado durante a palestra. Segundo Jonas, o julgamento do surf busca sempre a perfeição, por isso existe um corpo de juizes, head judje, spoter e agora o vídeo, que em alguns casos pode até mudar o resultado de uma bateria.

 

Assuntos como adequação de julgamento em categorias como Petit, Feminino e Longboard, julgamento em más condições de surf, duração oficial de baterias, WO, congressos técnicos antes das competições e as funções de cada elemento do corpo técnico também foram abordados neste segundo módulo.

 

“Este curso é uma semente que está sendo plantada para atuar em nível estudantil. Não queremos formar um novo grupo de juizes para saturar o mercado e sim promover novos eventos, abrindo o campo de trabalho” finaliza Ricci.

 

O próximo módulo do curso está agendado para o próximo dia 27 de novembro, das 15 às 18 horas, aplicado pelo bicampeão brasileiro de surf profissional Ricardo Toledo, quando será realizado um campeonato virtual em que os participantes aplicarão a parte prática, já na função de juízes.

 

Finalizando, deverá acontecer um campeonato de surfe, no qual participam como juízes os alunos que se destacarem no curso. O curso tem apoio das Faculdades Integradas Módulo e da Água do Mar Surf Shop.

 

Para obter mais informações ligue no telefone (0xx12) 3897-2043, na secretaria da faculdade.