Coluna do Doc

Alerta no litoral norte paulista

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O Cangalha, cangalhinha, mosquito-palha, birigui ou tatuíra é o transmissor da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA). Foto: Reprodução.
O litoral norte de São Paulo, mais precisamente a região entre Bertioga a Ubatuba, está sob um alerta importante. Desde o ano passado houve um aumento do número de casos de uma doença de pele e mucosas chamada Leishmaniose tegumentar.

 

A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), também conhecida com os nomes de ferida brava ou úlcera de Bauru, é uma doença  causada por diversos parasitas do gênero Leishmania, transmitida por diferentes insetos vetores da família Psychodidae, denominados flebotomíneos – também conhecidos como cangalha, cangalhinha, mosquito-palha, birigui, tatuíra, etc.

 

Entre as principais características do mosquito estão:

 

– são menores que os pernilongos comuns;
– apresentam-se muito pilosos e de coloração clara (cor de palha ou castanhos claros);
– facilmente reconhecidos pela atitude que adotam quando pousam, pois as asas permanecem eretas e entreabertas;
– as fêmeas exercem hematofagia (se alimentam de sangue), preferencialmente a partir das 20 horas;

 

O quadro cutâneo, que também aparece em outros mamíferos como cães e gatos, inicia-se pelo aparecimento de pequena lesão eritemato-papulosa (comum em picadas de insetos) no local da picada do vetor. Posteriormente, há formação de um nódulo que pode atingir 1 cm de diâmetro e aproximadamente quatro semanas de evolução, com o aparecimento de uma crosta central.

 

A perda desta crosta dá origem a uma úlcera, que evolui formando úlcera leishmaniótica clássica, redonda com bordas elevadas e infiltradas. A lesão inicial pode ser única ou múltipla, dependendo do número de picadas infectantes.

 

A mucosa mais freqüentemente acometida é a da região nasal, os principais sinais e sintomas são epistaxis (sangramento pelo nariz), eliminação de crostas e obstrução nasal. Existem duas formas extremas: a ulcerativa e não ulcerativa, além das formas intermediárias. Além das lesões nasais, podem ocorre lesões em lábios, língua, pálato, orofaringe e laringe.

 

· Quem apresentar ferida de difícil cicatrização deverá procurar um médico, para a realização do exame específico e tratamento.
· Medidas de proteção individual podem ser feitas através do uso de mosquiteiros simples, telas finas em portas e janelas e evitando a freqüência na mata, principalmente a partir das 20 horas (crepúsculo), sem o uso de roupas adequadas, boné, camisas de manga comprida, calças compridas e botas, além do uso de repelentes.
· Medidas educativas e de higiene, como as que vem sendo feitas para dengue.

 

Para obter mais informações, acesse o site da Sucen:
Sucen.sp.gov.br/doencas/leish_teg/texto_leishmaniose_tegumentar.htm .