Cada prancha uma onda

Sobre Alaias

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Deslizar em alta velocidade, esse é uma das primeiras coisas que fazem você se apaixonar por essas pranchas. Foto: Reprodução
 


O drop deve ter a ajuda de uma seção de espuma escorrendo numa parede cheia, que quebre sempre no mesmo lugar, facilitando sua colocação no line up e a entrada na onda. Aliás, esses dois pontos são um desafio. Com a falta de flutuação fica impossível virar a prancha e entrar numa onda qualquer como se fosse uma prancha normal. Por isso o melhor é que a onda, lisa e longa, vá se tornando mais cavada, tipo Noosa, na Austrália. A prancha é extremamente veloz.A mais básica sensação de deslizar sobre uma onda vive nesse pedaço trabalhado de madeira. Na maior parte dos casos nossos beach breaks não são a melhor opção. O esforço físico na remada, o desafio de lidar com a falta de quilha e a sensibilidade necessária para se divertir com esse modelo “roots” pedem uma onda especial. 

 

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Esse é o modelo básico de alaia, que pode variar de 4 a 9 pés. Foto: Reprodução

Por incrível que pareça, depois de entrar na onda, quanto mais em pé for a parede mais fácil é controlar a prancha. A reação dela lembra muito a de um snowboard, onde não há pivô traseiro [quilhas] como nas pranchas normais. A curva não se dá a partir do pé de trás, se você forçar muito na rabeta a prancha derrapa, mas não muda muito de direção. Portanto, não é necessário se postar muito na rabeta. O segredo é o equilíbrio entre o quanto ela derrapa e o quanto você consegue usar as bordas para mudar de direção, sem incliná-la muito em relação à água.

 

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Arrumando a madeira certa o esquema é basicamente esse. Se você for bom shaper (marceneiro) vale tentar. Foto: Reprodução

Passar a arrebentação pode ser outro desafio. Ela afunda com facilidade e você pode passar pode passar por baixo da onda, mas ela não retornará à superfície por conta própria. Se você for iniciante nessa arte é bom surfar de frente para a onda, da altura da cintura até um pouco maior que você. Mantenha-se agachado no início. Backside numa alaia é para experts.

  

Tom Wegner, há mais de uma década, é o grande responsável pelo ressurgimento dessas pranchas e desenvolveu alguns modelos interessantes, desde pranchas com 4 pés, pensadas para surfar de peito, até outras enormes e super difíceis de controlar.