North Shore

Adrenalina em Waimea

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Este ano ficará na história. Em pleno mês de março, a baía de Waimea ainda ”pipocou” com força total.

 

Não com a mesma intensidade dos swells históricos de novembro de dezembro, mas com algumas séries que fizeram a adrenalina correr nas veias dos presentes, varrendo o crowd em alguns momentos.

Stephan Figueiredo, Eric de Souza, Daniel Skaff, Carlos ”Ozzy” Costa e dezenas de outros brasileiros curtiram esse dia em que as ondas variavam entre 4 e 5 metros, mas algumas ondas a cada cerca de 40 minutos chegavam aos 6,6 metros e pegavam todos de surpresa.

 

“Em várias temporadas no passado, o maior mar foi algo de 4 a 5 metros. O mar que pegamos hoje em março foi maior que muitos de temporadas inteiras”, explica Stephan.

Devido à grande polêmica mundial da facilidade com que o uso do jet-ski proporciona em colocar qualquer pessoa na onda, os verdadeiros big riders estão cada vez mais empenhados a voltar às raízes do esporte, onde o homem e natureza ficam em perfeita união no outside.

Em bate-papo com Danilo Couto, Carlos Burle e Fun durante churrasco no North Shore, ficou clara a vontade não só dos brasileiros, mas de toda a galera em deixar o jet-ski somente para casos especiais como Jaws ou lugares onde não exista surfistas remando.

 

“Não só eu, mas os gringos estão cada vez mais empenhados em pegar as ondas na remada. O prazer é maior, não que o tow-in não seja, mas à noite, quando pego uma bomba na remada, lembro de cada detalhe daquela adrenalina, sendo que no tow-in acabo pegando tantas ondas que até me esqueço”, diz Danilo.

 

Para Burle, “temos lugar para ambos, mas realmente os surfistas de ondas grandes estão cada vez mais empenhados em voltar a surfar na remada. O resultado é claro nesses últimos eventos em Mavericks e Todos os Santos, a galera puxou geral o limite da remada em ondas grandes”.

O “pepino” envolvendo as máquinas não é só em Maresias. Segundo amigos na Califórnia e Austrália, a população também é obrigada a conviver com essa galera sem educação. Na Califórnia, o tow-in foi proibido em certas praias como Moslain.

 

Só que aqui na América a lei é cumprida. No Brasil sabemos a realidade, corra quem puder, lei da selva. Mas seria fácil se todos entendessem o recado simples, que é “onde tem surfista não pode ter jet-ski, simplesmente pelo fato de que se um jet-ski atropelar alguém pode ser fatal”.

Voltando ao El Niño, ele ainda está em efeito, segundo especialistas, e ainda bombarão altas ondas tanto no Pacífico Norte, quanto nos meses subsequentes no Pacífico Sul e Índico. É só aguardar.

Para finalizar, esse efeito climático infelizmente proporciona muitos efeitos negativos em nosso planeta, mas em contrapartida os surfistas que também praticam o kite estão com os sorrisos nos rostos.

 

Os ventos também estão bombando na última semana, fazendo a alegria da galera do kite em alta velocidade pelos picos do North Shore.

 

Sem surfistas na água, o tráfico ficou liberado e a galera kitesurfou nos principais picos. Até em Sunset, Laniakea e Rocky Point rolou velejo.

Big abraço a todos!