O Rio de Janeiro dita moda no Brasil e no mundo. O cenário e a natureza exuberantes inspiram a criação de cores, estilo e tendência no vestuário e no comportamento de quem vive a efervescência da cidade.
Não à toa, o Rio é o berço de nomes e marcas importantes como Lenny Niemeyer, André Carvalhal e Daniel Azulay.
“Os grandes criativos da moda olham o mundo por uma lente diferente. O Rio inspira esse olhar, pois a diversidade de pessoas, cores e paisagens está em cada esquina. Difícil não se inspirar nessa cidade. Basta olhar um pôr do sol na praia do Rio de Janeiro. É difícil competir com tanta beleza”, afirma Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação.
Para Victor Misquey, presidente do Sindicato Moda Rio e membro do conselho de Economia da Firjan, o Rio se destaca internacionalmente, especialmente na “moda praia”. Além das grandes marcas, ele explica que os pequenos negócios são fundamentais para a indústria criativa da cidade.
– Os grandes figurinistas sempre estiveram aqui. Se você olhar as lojas de varejo nos shoppings, vê que temos uma moda que é superior em todo o Brasil. E os pequenos e microempreendedores se inspiram nela. Eles trabalham muito e estão se articulando novamente. Estão surgindo muitas empresas novas nesse período de retomada.
Depois de viver um momento difícil, devido às medidas contra a Covid-19, o Rio voltará a receber incentivos para impulsionar a indústria criativa como nos tempos pré-pandemia. O Invest.Rio, em parceria com a Editora Globo, promove o retorno de um dos principais eventos do mundo da moda à rotina dos cariocas.
O Veste Rio, que, há dez edições, gera cinco mil empregos, atrai 200 mil pessoas e movimenta R$ 240 milhões em negócios, faz parte do Movimento Tem no Rio, plataforma que prevê o retorno do calendário de programações para a cidade do Rio de agora até dezembro de 2022.
“O Veste Rio é um evento de negócios. É um encontro das diversas peças dessa complexa costura, para que os atores possam se organizar e se preparar para o que está por vir. Um mercado que movimenta bilhões de dólares no mundo e o Rio não pode ficar fora dessa”, explica Chicão Bulhões.
O evento é o único do Brasil que trabalha a moda 360º, uma vez que conecta empreendedores, marcas de varejo e atacado, estudantes de moda e o consumidor final.
Por conta da pandemia, a programação deste ano ficou restrita a um Salão de Negócios onde produtores e compradores poderão se reencontrar, se conhecer e se reconectar para trocar experiências e contatos. A expectativa é que, com os investimentos da retomada, o Rio volte a ocupar um lugar de destaque no mercado.
“A partir de agora até meados do ano que vem, voltaremos a ter eventos, lançamentos de coleções e a reabertura de pequenas marcas que fecharam durante a pandemia. Isso sem falar nas que estão surgindo. O setor está trabalhando muito”, avalia Victor.
Fonte O Globo.