No quinto episódio da série de vídeos que vem publicando em seu canal no YouTube, o big rider sul-africano Matt Bromley lembra da pior vaca que sofreu ao longo de sua carreira, em Puerto Escondido, no México. Após botar para dentro de um tubo monstruoso e cair no seu interior, ele foi atingido na cabeça por sua prancha e por muito pouco não perde a vida. “Senti uma pancada tão forte que fiquei em choque. Só pensava em não apagar e tentar chegar à superfície”, relembra.
“Eu fui simplesmente esmagado pelo lip”, conta Bromley. “Puerto é uma das ondas mais pesadas do mundo, 100%. É imprevisível, as correntes são únicas e os tubos tão largos quanto altos. Você precisa escolher muito bem as ondas ali.” Ao emergir, o surfista percebeu o pior: sangue cobrindo o rosto e a visão comprometida.
“Senti algo estranho na cabeça, e por um momento achei que fosse um pedaço do meu rosto.” Mesmo ferido, ele tentou remar até a praia, mas foi pego por uma corrente contrária. “Eu via a areia ali, a 15 metros de mim, e simplesmente não conseguia chegar. A corrente me puxava de volta.”
Em meio ao pânico, um grupo de surfistas se aproximou e formou um círculo em volta de Bromley, segurando sua prancha e o acalmando. “Foi um momento lindo, senti que Deus estava me protegendo através deles”, descreve. Com a ajuda dos surfistas, ele foi rebocado até um ponto seguro e resgatado por um barco de pesca.
No hospital, o choque aumentou. “Quando o cirurgião me mostrou a foto, vi o osso do crânio. O corte ia da sobrancelha até o cabelo. Ele olhou pra mim e disse: ‘na foto parece pequenao, mas o corte é muito maior’.” Após uma cirurgia delicada e dezenas de pontos, Bromley se recuperou completamente.
Mesmo diante do susto, o sul-africano não cogitou em parar. “Essas experiências me dão confiança. Eu entrei numa situação extrema, mantive a calma e saí dela. Sinto que fui protegido o tempo todo”. Três dias depois do acidente, Bromley já estava de volta à praia, assistindo às bombas perfeitas quebrando em Puerto e planejando o próximo drop. “Foi por pouco, um centímetro mais baixo e teria perdido o olho. Mas me sinto grato, vivo, e mais conectado do que nunca com o que amo: surfar ondas gigantes”.
Fonte Matt Bromley











