Pâmella Mel

Pequena e cheia de sonhos

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Como num conto de fadas, a pequena e simples surfista do Sertão de Maresias tem a chance de transformar seu futuro e de sua família. Foto: Divulgação.

 

A vida dessa pequena surfista moradora do Sertão, bairro pobre de Maresias, sempre foi cheia de obstáculos, mas a adversidade serviu para fazer de Pâmella uma pessoa mais forte. Aos trancos e barrancos, a família vinha fazendo o possível e o impossível para manter aceso o desejo da surfista de participar de eventos, ter equipamentos adequados e uma mínima infraestrutura exigida para uma atleta.

 

Mas, tudo indica que o sonho da pequena virou realidade na manhã do dia 31 de janeiro, dia da inauguração do IGM (Instituto Gabriel Medina). Desde então, ela tem tido a oportunidade de viver como uma autentica “campeã”, com acesso à dentista, médicos, equipamentos de última geração e estrutura – coisas que nunca estiveram ao seu alcance.

 

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Pâmella Mel, surfista de 11 anos, e seus pais e maiores incentivadores. Foto: Arquivo pessoal.

Seus pais, maiores incentivadores, não podiam estar mais felizes. “Estamos muito gratos a tudo isso que vem acontecendo na vida da Pâmella. Nós sabemos o quão importante é o surfe para ela e o quanto ela sonha em viver como surfista profissional”, diz a mãe Regina. O pai, também surfista, ressalta a importância da iniciativa da família Medina. “O apoio que a Pâmella vai ter com o Instituto é de uma importância incalculável. Nós seguiríamos tentando não fosse a criação do Instituto e o suporte que ela está tendo, mas sabemos que seria tudo mais difícil”, conta Ailton.

 

Desde que começou a surfar, aos 6 anos, participar de eventos sempre dependeram da boa vontade e doação de amigos, conhecidos, familiares e comerciantes locais que de alguma forma apoiam a surfista. Com o ingresso no Instituto, as chances do tão sonhado patrocínio aumentam. Enquanto um contrato não vem, ela segue focada, disposta e determinada a um só desejo: tornar-se uma surfista profissional bem-sucedida.

 

“Eu amo surfar e não me vejo fazendo outra coisa. Sempre encarei as dificuldades e não tenho medo delas, sei o que é conviver com a falta de patrocínio desde muito pequena. Isso me dá garra nas competições e me alimenta para seguir em frente focada no meu objetivo, que é me tornar campeã mundial um dia”, resume Mel.

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Pâmella Mel em ação em Maresias, São Sebastião. Foto: Arquivo pessoal.