Ilhabela in Jazz

Música na faixa no litoral

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Festival será encerrado com jam session inédita em Ilhabela. Foto: Divulgação.

 

O Ilhabela in Jazz 2017 formou uma banda inédita para encerrar sua quinta edição neste sábado (14). Formada por oito grandes nomes que já passaram pelo evento nos últimos quatro anos, esse time é composto por grandes estrelas do jazz brasileiro, que irão homenagear o público com um espetáculo único e exclusivo, incluindo repertório de grandes temas do Jazz e da Música Brasileira. Será uma verdadeira Jam Session, ou, Ilhabela in Jam.

Com Ricardo Herz – Violino, Eduardo Neves – Saxofone e flauta, Toninho Ferragutti – Acordeão, Edu Ribeiro – Bateria, Bruno Migotto – Contrabaixo, André Marques – Piano, Mônica Salmaso – Vocais, Teco Cardoso – Saxofone, o show promete se tornar um momento inesquecível, que irá coroar o quinto aniversário do festival.

Ricardo Herz reinventou o violino brasileiro. Sua técnica leva ao instrumento o resfôlego da sanfona, o ronco da rabeca e as belas melodias do choro tradicional e moderno. Com  influência de Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Egberto Gismonti, Jacob do Bandolim entre outros, o violinista mistura ritmos brasileiros, africanos e a improvisação do jazz. Graduado em violino erudito pela USP, estudou na renomada Berklee College of Music, nos Estados Unidos, e no Centre des Musiques Didier Lockwood, escola do violinista francês, uma lenda do violino jazz.

Mestre do sax e da flauta, Eduardo Neves, completou 30 anos de carreira ano passado. Tem uma trajetória sólida e fez parte de bandas de músicos como Tim Maia, Luiz Melodia, Zé Ramalho, Zeca Pagodinho, Hermeto Pascoal, entre outros. Em 2001, foi terceiro colocado na categoria Melhor Instrumentista do Prêmio Visa, apresentando-se em trio com Rafael Vernet (piano) e Xande Figueiredo (bateria). Em 2004, ganhou o Prêmio TIM na categoria Melhor Grupo Instrumental com o Pagode Jazz Sardinhas Club.

Toninho Ferragutti é músico, compositor e arranjador. Possui 9 discos autorais e uma extensa participação em shows e discos de importantes artistas do Brasil e do exterior como: Gilberto Gil, Edu Lobo, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Dominguinhos, Lenine, Marisa Monte, Elza Soares, Maira João e Mario Lajinha (Portugal), Seigen Ono (Japão) e Antonio Placer (França). Recebeu duas indicações ao Latin Grammy: em 2014, com o disco “Festa Na Roça”, lançado em parceria com o violonista Neymar Dias, na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes Brasileiras; e em 2000, com “Sanfonemas”, na categoria Melhor Álbum de Música Regional. Seu mais recente disco solo, “O Sorriso da Manu”, esteve na lista dos 10 melhores CDs de 2012 na opinião do crítico musical Carlos Calado.

Edu Ribeiro é autodidata e aprendeu a tocar bateria aos oito anos e aos onze já se apresentava em bailes com a banda de sua família. Em 1996, mudou-se para São Paulo, onde teve a oportunidade de trabalhar com vários artistas, entre eles Yamandú Costa, Chico Pinheiro, Johnny Alf, Rosa Passos, Arismar do Espírito Santo, Dori Caymmi, Bocato, Hamilton de Hollanda, Toquinho, Dominguinhos, Fafá de Belém, Jair Rodrigues, entre outros. Sua experiência no exterior inclui festivais como o Festival de Montreux, Kutchan Jazz Festival e Blue Note Yokohama, Parliament Jazz Festival, Imst Jazz, Festival de Frascatti e Niemegen.

Bruno Migotto começou seus estudos no baixo elétrico aos 11 anos. Atua na cena paulistana há mais de 10 anos, onde tocou com grandes nomes da música brasileira como: Wilson das Neves, Nenê, Arismar do Espírito Santo, entre outros. Atuou ao lado de grandes músicos internacionais como Sadao Watanabe, Ed Neumeister, Mike Moreno, Steve Cardenas, dentre outros. Atualmente faz parte dos grupos: Soundscape Big Band, Trio Ciclos, Projeto Unknown e toca com artistas como Chico Pinheiro, Edu Ribeiro, Alex Buck, dentre outros. Em 2009, gravou seu primeiro disco “In Set”, que conta com 7 composições e arranjos totalmente autorais baseado em ritmos brasileiros que equilibram composição, improvisação e criação coletiva.

André Marques começou na música aos onze anos, estudando piano erudito, passando depois para o piano popular no Conservatório Wilson Cúria, e posteriormente no CLAM, com Amilton Godoy (pianista do Zimbo Trio). Em janeiro de 1994, ingressou no grupo de Hermeto Pascoal com quem já excursionou por todo o Brasil, Europa, EUA, Japão, África do Sul, México, Caribe, Argentina, Colômbia, Chile e Uruguai, e com quem toca até hoje, participando de grandes festivais de música. Gravou pela Eldorado em 1999 seu terceiro disco, Voadeira, também produzido por Rodolfo Stroeter.

Mônica Salmaso é uma das maiores cantoras do Brasil de todos os tempos. Em 2007, lançou “Noites de Gala, Samba na rua”, com um repertório de canções de Chico Buarque, que foi indicado para o prêmio de Melhor Álbum de MPB no Grammy Latino de 2007. Em 2014, lançou “Corpo de Baile”, contendo 14 canções compostas em parceria por Guinga e Paulo César Pinheiro; várias das canções nunca haviam sido gravadas antes, algumas estando guardadas por 40 anos. Com este álbum, Mônica ganhou em 2015, o 26º Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Cantora de MPB. Sua canção “Sedutora” também foi premiada na ocasião, na categoria Melhor Canção de Pop/rock/reggae/hip-hop/funk.

Com quase 30 anos de carreira, o ex-estudante de medicina Teco Cardoso se consagrou como um dos nossos grandes nomes do saxofone. Estudou em Los Angeles com o mestre Moacir Santos e em seu currículo constam nomes como:  Grupo Um, Grupo Pau-Brasil, ZonAzul, Mônica Salmaso, Baden Powell, Dori Caimmy, Joyce, João Donato, Edu Lobo, Ulisses Rocha e Léa Freire. Criou, no final da década de 90, o Núcleo Contemporâneo, um selo independente de produção de música instrumental, de onde nasceu a Orquestra Popular de Câmara. Recebeu o prestigiado Prêmio Sharp em 1998 e anualmente excursiona em festivais pelos Estados Unidos, Japão e Europa.

Ilhabela in Jazz O Ilhabela in Jazz está celebrando seu 5º ano em 2017. O festival será realizado em novo local, envolto pela atmosfera da seringueira centenária da Praça Coronel Julião. Além disso, esta edição especial fez o evento crescer ainda mais: antes do festival oficial (que acontece de 11 a 14 de outubro), a Ilhabela recebe a Jazz Week, de 07 a 10 de outubro.

 

Com músicos de diferentes gerações a fim de compartilhar cultura à beira-mar, a programação é gratuita e traz um apanhado do jazz contemporâneo e suas infinitas possibilidades e fusões com outros ritmos. A curadoria e o lineup são assinados por Paulo Braga, realização da Prefeitura Municipal de Ilhabela e Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Turismo, produção da Articular e patrocínio da revendedora Troller Trilha 4×4 Campinas.

O Ilhabela in Jazz conta com quatro dias de apresentações, sendo 3 shows por dia, sempre às 20h, 21h30 e 23h.  Na quarta-feira, dia 11 de outubro, EMESP + Julliard Big Band inauguram a quinta edição do festival. A Julliard Big Band, composta por alunos da Julliard, uma das melhores escolas de música do mundo, sediada em Nova York, se junta à Big Band EMESP (Escola de Música do Estado de São Paulo). O intercâmbio cultural entre o jazz e a música brasileira irá nortear o repertório deste show, que vai de Pixinguinha a Johnny Alf. De Nelson Ayres à Milton Nascimento. Esse show será apresentado em Nova York, em Dezembro, e o Ilhabela in Jazz mostra o espetáculo ao Brasil, em primeira mão.

A segunda atração da noite será do mestre e guru do órgão Hammond B-3, Dr. Lonnie Smith. Considerado uma lenda viva da indústria musical norte-americana, Lonnie apresentará o show de seu novo disco Evolution, lançado pela Blue Note Records, em 2016.

Quem fecha a noite é o violonista gaúcho Yamandu Costa & Jazz Cigano, quinteto curitibano que resgata o estilo jazz manouche, difundido na França na década de 1930. Este show promete música brasileira de primeira com uma forma de recriação de jazz.

A pianista paulistana e compositora Louise Woolley, filha do contrabaixista Pete Woolley, abre o segundo dia do festival junto com seu quinteto, composto por Bruno Migotto (contrabaixo), Daniel de Paula (bateria), Paulo Malheiros (trombone), Jota P Barbosa (Sax/flauta).

O músico francês Philippe Baden Powell (piano) – filho do compositor e violonista brasileiro Baden Powell (falecido em 2000) – apresenta-se com o grupo instrumental Ludere, composto por Rubinho Antunes (trompete), Bruno Barbosa (contrabaixo) e Daniel de Paula (bateria). A apresentação contará com músicas inéditas de seu segundo disco Retratos e também com homenagem a Baden Powell, que completaria 80 anos em 2017. Sempre presente nas apresentações do Ludere, o repertório de Baden Powell ganha destaque nos shows do grupo com releituras inovadoras que ressaltam a inventividade dos temas do compositor

Para fechar a noite do feriado de 12 de outubro, Carlos Malta e Pife Muderno, vão levantar o público com brasilidades pautadas pelos ritmos regionais. Eles já foram  indicados ao Grammy Latino com o álbum Carlos Malta e Pife Muderno, de 2001, onde Malta pôde elaborar e desenvolver um nova leitura para o repertório das bandas de pífaro. O  som do Pife Muderno vem da mistura de flautas de diferentes etnias feitas de bamboo com o saxofone soprano, a percussão de pandeiros, zabumba, triângulo, caixa e pratos.

Na sexta-feira, dia 13 de outubro, Amilton Godoy Trio (ex-integrante do Zimbo Trio), acompanhado pelo baterista Edu Ribeiro e pelo baixista Sidiel Vieira, fará uma apresentação que mantém a herança do grupo no jazz experimental, com influências da música brasileira, em específico a Bossa Nova.

A atração internacional Uri Caine Trio, que vem dos Estados Unidos, tem como expoente o pianista e compositor Uri Cane, indicado ao Grammy pelo disco “Othello Syndrome” (2009) e que atuou em eventos clássicos como North Sea, Monterey, Montreal, no Festival de Jazz de Newport, nos festivais de Salzburg e Holland, na Munich Opera e na Great Performers at Lincoln Center.

Encerrando a sexta-feira, o grupo musical paulistano Barbatuques, referência em percussão corporal e na produção de composições orgânicas, e que completa em 2017, 20 anos de uma trajetória artística de sucesso no Brasil e no exterior, sobe ao palco para uma apresentação recheada de canções autorais.  

No último dia, o Ilhabela in Jazz 2017 apresenta o Trio Ciclos, que toca junto desde 2008, sendo composto por Bruno Migotto, Edson Santanna, e Alex Buck. O grupo apresentará um repertório com música instrumental brasileira, jazz e improvisos.

Ao lado do amigo Arismar do Espírito Santo, o mestre João Donato entoará clássicos como “Amazonas”, “Nasci para Bailar” e “Minha Saudade”. Com mais de 40 anos de carreira, no ano passado, Donato foi indicado ao Grammy Latino de Melhor Instrumental por seu álbum “Donato Elétrico”.

Para mais informações, acesse o site Ilhabela In Jazz.

 

Serviço

11 a 14 de outubro

Centro de Ilhabela – Praça Coronel Julião s/n
20h
Gratuito