The Board Trader Show

A segunda prancha

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Rob Machado e seu quiver completo. A ideia é chegar lá, mas, se você surfa só nos fins de semana, três já é uma boa conta. Foto: Reprodução.

 

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Há dois casos: A sua primeira ficou velha. Daí não se trata de adicionar outra à sua vida e, sim, substituir aquela primeira paixão. Segundo caso, ou o caso da “segunda prancha”, está ligado à sua necessidade de evolução. Você quer a “outra”. Você descobriu que realmente gosta da coisa e sente necessidade de ampliar suas possibilidades. É aí que as coisas ficam mais interessantes.
 
Agora você já tem alguma experiência e vai escolher sua segunda prancha com mais conhecimento de causa. Você já sabe o que pode fazer nas ondas e também imagina o que pode e quer começar a fazer. Aqui vão algumas dicas.
 
Que tipo de onda você quer surfar? – Se você está buscando sair da sua zona de conforto, ou pegar ondas num local mais casca grossa nas proximidades, é provável que precise escolher uma prancha diferente, que potencialize um determinado tipo de surfe. Aliás, ter uma segunda prancha muito parecida com a primeira quase nunca faz muito sentido. 
 
Se você não era adepto das shortboards, mas quer começar a surfar mais rápido e agressivamente, uma prancha pequena, ou, no mínimo, bem menor do que a sua “normal”, pode ser uma ótima segunda opção.
 
Para se jogar em ondas maiores e mais fortes o lance é uma semi-gun. Mono ou triquilha. Ela vai garantir uma boa remada e será mais ágil para lidar com situações de drops mais íngremes e ondas tubulares.
 
Se você já ama pranchas pequenas e quer implementar sua performance em ondas menores o lance é uma prancha menor, mais leve e com variação de quilhas. Uma fish, biquilha, mini simmons ou uma quadriquilha. Ou, só para relaxar e curtir outra viagem, que tal um longboard? Tudo vai depender do tipo de ondas disponíveis onde você costuma surfar. O importante é que você possa ter uma prancha que aumente as possibilidades de surfar bem em ondas diferentes, menores ou maiores.
 
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Quanto mais melhor, mas não exagere, a não ser que tenha um carro bem grande e vá surfar mais do que seis vezes por semana. Foto: Reprodução.

 

Onde comprar? – Antigamente os surfistas tinham que rastrear o único shaper na área, fazer um pedido, e esperar por algum tempo, na verdade, muito tempo. Hoje há redes de lojas com uma grande variedade de marcas e modelos, oferecendo todos os tamanhos e tipos de construção, que podem ser comprados ou encomendados. 
 
Pode-se também comprar on-line e a prancha chega na sua casa em, normalmente, uma semana. Onde comprar se resume a uma escolha pessoal. É importante apoiar as empresas locais. Esse detalhe é sempre uma boa prática e você tem o benefício de ver os produtos em primeira mão e receber conselhos de quem entende das particularidades dos picos locais.
 
Saber o que procurar é uma arte – Pranchas não são tão baratas quanto gostaríamos e nem sempre tão caras quanto deveriam ser. A pechincha faz parte do jogo. Mas um bom negócio, onde a mão de obra é de má qualidade, descuido no acabamento e materiais de baixa qualidade estão na mesa, por mais barato que possa parecer, nunca é bom negócio. 
 
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Há pouca diferença no tamanho, mas a funcionalidade de cada uma justifica a dupla. Foto: Reprodução.

 

Não vá na onda dos outros – Isso serve para dentro e fora do mar. Escolha uma prancha a partir de suas necessidades reais e de conselhos de pessoas confiáveis. Há lojas e distribuidores que podem entender e equalizar sua escolha. Nem sempre a prancha da moda, campeã de vendas da temporada, serve para você. 
 
Durante o último fim de semana de novembro a The Board Trader Show, que começa numa sexta-feira (Black Friday), será uma ótima oportunidade para você conversar sobre pranchas, materiais e construção para entender melhor os antigos e novos designs e, quem sabe, até comprar aquela tão desejada segunda, terceira ou quarta prancha. Pranchas são como e surfe: Quanto mais, melhor.
 
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Há lojas com bons estoques. Aliás, se não tem prancha não deveria nem se chamar surfshop. Foto: Reprodução.