BNegão

De volta à ativa

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BNegão chega à capital paulista para sintonizar as frequências. Foto: Leco de Souza.

De volta à atividade, depois de algum tempo de recesso, BNegão & Seletores de Frequência chegam ao teatro do Sesc Bom Retiro, para transmutar, selecionar e sintonizar as frequências.

O show conta com muito do repertório do terceiro (e mais espiritual) disco do combo – TransmutAção (2015, Natura Musical) – que figurou no ranking dos melhores discos do ano, de acordo com a crítica musical do Brasil.

Mas também inclui os outros álbuns Enxugando Gelo (2003, independente) e Sintoniza Lá (2012, Coqueiro Verde Records) e ainda: colaborações com outros artistas, como “Dorobô” (Sabotage), faixas inesperadas e lados B, num repertório cuidadosamente dedicado à memória do irmão do grupo, Fábio Kalunga.

Serviço

25/11 – 21h

26/11 – 18h

Ingressos à venda: SESC SP

Não recomendado para menores de 12 anos

Inteira R$ 30

Meia R$ 15

Sobre BNegão BNegão está à frente de uma das bandas mais versáteis e prolíficas da música brasileira atual – e definitivamente uma grande embaixadora dos novos sons feitos no país. BNegão & Seletores de Frequência é reverenciada por sua mistura única de ritmos quentes com a retórica sempre consciente de seu vocalista.

Esta jornada começou com o sucesso alcançado pelo grupo Planet Hemp. A banda ficou famosa nacionalmente nos 90, misturando funk, hip hop, hardcore, ragga e música psicodélica. Antes, BNegão foi integrante da Funk Fuckers, ícone do undergroud carioca na mesma década.

2003 foi o ano chave para a banda, que lançou seu primeiro disco, Enxugando Gelo, e definiu seus membros oficiais: BNegão (voz), Pedro Selector (trompete e voz), Fábio Kalunga (baixo), Robson Riva (bateria e voz) e Fabio Moreno (guitarra e voz).

Em 2012, a banda lançou seu segundo disco, Sintoniza Lá. Bastante aclamado, o álbum ganhou prêmios como “Melhor Disco do Ano”, no Video Music Brasil (VMB) da MTV; “Melhor Disco de Hip Hop”, pelo iTunes Brasil e “Melhor Disco de Black Music” no Prêmio Dynamite, importante premiação da música independente do Brasil, na época.

Neste mesmo ano, BNegão foi convidado para representar a música brasileira na cerimônia de encerramento das Olimpíadas em Londres. Ao lado de Seu Jorge e Marisa Monte, dividiu o palco com Queen, Madonna, Metallica e Bruce Springsteen. A cerimônia foi transmitida ao vivo para bilhões de pessoas em todo o mundo.

Além de excursionar extensivamente com os Seletores de Frequência, BNegão acha espaço e criatividade para colaborar com grandes artistas nacionais e internacionais como Autoramas, Matanza, Bomba Estéreo, Orquestra Brasileira de Música Jamaicana, Baiana System, Marcelo D2 e muitos outros. Em 2016, o Planet Hemp – que estava fazendo shows esporádicos – também anunciou a volta oficial.

Inquieto, BNegão ainda possui projetos paralelos, como o BNegão Trio (ele chamou Pedro Selector, trompetista dos Seletores de Frequência, e DJ Castro, ex-Quinto Andar e Black Alien, para montar um setlist que reúne todas as possibilidades que envolvem três vozes, um instrumento de sopro e um par de toca-discos), o BNegão Bota Som (onde o artista coloca os sons garimpados em suas pesquisas musicais e divide com a pista suas dicas sonoras numa espécia de bate papo musical – ele não é DJ!) e BNegão & Seletores de Frequência em: O Sítio do Pica Pau Amarelo (espetáculo musical para crianças e adultos, onde a banda se apresenta caracterizada).

Com o terceiro álbum, TransmutAção (Natura Musical, 2015), com o grupo BNegão & Seletores de Frequência, o artista sintetiza perfeitamente a infinidade de sons de todos os estilos da black music.