Projeto Rekombinando

Missão panamenha

Projeto Rekombinando cai na estrada no Panamá em viagem pela América Central.

0
Viagem ao Panamá começa pela receptiva Colômbia.

Meses antes de chegar ao Panamá tivemos uma super missão de mandar a Kombi por navio de Barranquilla, na Colômbia, até Colón, no Panamá. Com a ajuda de nosso amigo e surfista colombiano Daniel Olmos, ficamos hospedadas em sua casa, pertinho da praia, organizando a Kombi e a papelada para essa missão.

Enquanto resolvíamos os trâmites de envio da Kombi, realizamos uma linda oficina na praia de Salgar, junto a Fundacion Divulgar, e o programa de residência artística Canibal, que também nos recebeu com entusiasmo e carinho, o bar e restaurante Mahalo e escola de surf coquito surfe. Unimos a artista chamada Milagros Rodrigues, dos arredores de Salgar com a criançada do bairro e fizemos arte, grafite, música meditativa e aula de surfe para mais ou menos 25 crianças.

Nesta praia surfamos de Longboard. Ali há um mole e as ondas quebravam pequenas para direita, assim pudemos ensinar, aprender e nos divertir com as crianças. A plataforma Canibal editou um vídeo sobre as atividades que realizamos por lá:

Enviada a Kombi, nos despedimos da Colômbia, onde fomos muito bem recebidas, e partimos de avião até a Cidade do Panamá. Foi aí que as informações se complicaram, ninguém sabia ao certo o que deveríamos fazer para retirá-la, e ainda teríamos que encontrar um local seguro para deixá-la, pois desta vez voltamos ao Brasil para sair em mais três meses.

Com ajuda de um amigo, Jorge Aruca, entramos em contato com a Sia Cargo, logística da Zona Franca no Panamá, para desenrolar os trâmites de entrada e depósito da nossa amada Kombica. Em dez dias resolvemos tudo.

Três meses depois em 15 de fevereiro de 2018, voltamos ao Panamá para buscar a Kombi em Sia Cargo e lá estava ela nos esperando para as próximas aventuras.

Equipe renovada e kombica a mil para início da missão panamenha.

Desta vez com a equipe renovada: Thomaz Crocco, nosso câmera nas duas primeiras etapas, não pôde nos acompanhar e quem se juntou a nossa trupe foi o Fabiano Sperotto, além de Marcio Machado que nos ajuda com tudo na produção e a Gabriela, nossa ajudante mirim que nesta etapa seguirá toda a viagem com a gente (o papai Rubens virá nos encontrar em El Salvador e segue com a gente na barca até a Califa).

Da cidade do Panamá seguimos viagem para Santa Catalina, chegamos à noite e quando acordamos o mar estava bem em frente à nossa janela. As ondas estavam lindas, um point break perfeito, porém tem que se ligar na maré, pois quando baixa fica impossível de surfar sem se machucar. Ficamos apenas dois dias ali, pois o swell estava se aproximando do lado do Atlântico, assim decidimos subir para Bocas del Toro e aproveitar a temporada do lado de lá.

Pegamos o ferry boat, foi bem tranquilo, 1:30 horas até a ilha de Colón, onde ficamos por cinco dias. Descobrimos ondas incríveis, algumas bem fortes frequentadas principalmente por bodyboarders e point breaks com fundo de coral, o que acabou com nossos pezinhos de princesas (risos).

Esquerdas longas dão as boas-vindas na América Central.

Visitamos outra ilha chamada Carenero, que tem uma esquerda longa. No dia estavam pequenas, no entanto, não fomos bem recebidas. Tentaram distrair nosso câmera, Fabiano Sperotto, para furtar equipamentos ou celular. Por sorte nada aconteceu.

Foi em Bocas que nos reunimos com o projeto Guayabo, uma colônia de férias que reúne crianças da região. Nos juntamos a eles e passamos um dia cheio de atividades. A Gabriela, de 4 anos, amou estar entre tantas crianças.

Pegamos ondas incríveis. Um swell consistente que entrou (4 a 6 pés) uma ilha com um astral único. Ficamos em um hotel afastado do centro, perto de Bluff, e foi uma ótima opção, pois estávamos com a Kombi. Conhecemos um surfista californiano veterano chamado Jim Caros, que mora em Bocas a alguns anos, ele nos passou muitos contatos legais para conectarmos durante a viagem, além de dicas importantes.

Com gostinho de quero mais nos despedimos da ilha em direção à Costa Rica. Na hora de pegar o ferry de volta, que pensávamos que era às 12 horas na verdade era às 17 horas e tivemos que esperar para embarcar, é claro que fomos surfar. Chegando ao continente a aduana era pertinho, na cidade de Sixaola, porém não contávamos que ela fechava às 18 horas.

Bateu um desespero, pensamos até em acampar na frente o posto policial, mas acabamos conseguindo um hotel seguro em uma cidadezinha ali perto chamada Changuinola (risos). Rapidamente compramos comidas para garantir o jantar e na manhã partimos para Costa Rica.

Para acompanhar as barcas do Projeto, acesse o site Rekombinando ou siga o perfil @rekombinando no Instagram.