The Board Trader Show

No início era a prancha

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No fim das contas, o que importa mesmo são elas. Foto: Reprodução / South to Sian.

 

A única coisa que importa. Da Polinésia antiga ao World Tour, de Waikiki a Mavericks, do The Endless Summer até o Waves… Por todo o trajeto do tempo, tudo o que temos usado ou dito ou ouvido ou viajado, lido ou assistido são apenas barras laterais na linha do tempo do surfe.

 

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Por quê? A história do nosso esporte é a história da prancha. Nada definiu melhor a experiência desse caminho do que aquilo que usamos para deslizar sobre as ondas. Nada define o surfista mais do que sua (ela) prancha. Muito mais do que uma ferramenta, a prancha é o ícone filosófico, resultado de um ofício sagrado. Símbolo cultural generalizado de liberdade, aventura e juventude duradoura.

Sempre Foi, Sempre Será – É por isso que o construtor de pranchas já foi o principal árbitro da cultura do surfe, desde os primeiros kahunas havaianos até a primeira onda de fabricantes, no início de 1960. Pense: Hobie, Hansen, Bing, Weber, Noll, Jacobs, Haut e tantos outros. Essas “marcas”. As pranchas que produziram e a maneira como este produto foi comercializado deram forma à cultura do surfe, literal e figurativamente. Tudo era sobre pegar ondas, o que você usava estava em segundo lugar.

No entanto, nas décadas passadas, a ênfase passou longe da prancha. As revistas de surfe tornaram-se o principal veículo cultural, estabelecendo limites éticos e estéticos e, finalmente, marginalizando e estreitando o papel da prancha no esporte. De acordo com várias revistas de surfe, durante a maior parte da década de 1980 e 90, só havia uma maneira de surfe, expressa numa cultura mono-board.

 

Ao mesmo tempo, a florescente indústria de surfwear começou a eclipsar todos os outros elementos comerciais do esporte. Surfando uma grande onda de aprovação, com apoio de marketing, estas boas empresas tornaram-se nossos líderes culturais, criando uma imagem e a alimentando numa mídia que, por sua vez , nos alimentou com essa visão pré-digerida, Um espelho sem o fundo, que só refletia para o exterior.

Isso não quer dizer que houve qualquer tipo de tentativa deliberada de comoditizar nossa paixão. A mídia de surfe não é má. A meu ver eles estão apenas um pouco fora da trilha. Nossa cultura surge de surfar, usar pranchas para pegar ondas. Tudo está ligado a elas, as pranchas. Tem sido sempre assim, tudo tem a ver com pranchas.

 

Missão – Desde 2007, a The Boardroom reafirma e mantém essa filosofia, para colocar a prancha e os modernos kahunas que as produzem de volta à vanguarda da cultura surfe. Na The Boardroom colocamos a cultura do surfe, a sua influência, a sua importância, a sua responsabilidade, de volta nas mãos dos artesãos que moldam o nosso instrumento sagrado e, finalmente, o nosso futuro. Esse mesmo movimento e filosofia estarão no espaço físico e eventos da The Board Trader Show, da qual também participarei.

 

Junte-se a nós nesse show onde mostraremos o trabalho e talento dos construtores, designers, pranchas de surfe, equipamentos, acessórios, artes, música e muito mais!

Scott Bass é o criador e diretor executivo da The Boardroom (EUA). À frente da “feira de pranchas”, herdada da Sacred Craft, Scott vê a tendência de pranchas em primeiro plano se propagando. A The Boardroom, que acontecia uma vez ao ano, terá uma segunda edição, em Santa Cruz (8 e 9/10), depois de sua realização em maio último, em Del Mar, Califórnia.