Laje do Sorriso

Feriado pesadão

Galera tira o pó das gunzeiras e se joga nas bombas da rara Laje do Sorriso, em Camburi (SP).

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O big swell que atingiu as regiões Sudeste e Sul do Brasil no domingo de Páscoa (17/4) despertou a rara e cobiçada Laje do Sorriso em Camburi, São Sebastião (SP). O fotógrafo Munir El Hage estava lá para registrar a caça pelas bombas, por surfistas como Robson Santos, Pedro Dib, Wellington Reis, Wenderson Biludo, dentre outros.

“Segundo os boletins hoje tinha um metro com algumas de um metro e meio”, brincou Munir, já que as séries chegavam facilmente aos três metros na session. “O mais legal de tudo foi ver a energia da galera, o go for it, todos de gunzeira botando pra baixo em ondas de consequência.

Pedro Dib e Wellington Reis dividiram uma das maiores do dia. Já Wenderson Biludo também ganhou um belo presente de Páscoa, de backside em uma direita recheada.

“Hoje foi o dia de tirar a poeira da minha gun para celebrar a Páscoa no melhor estilo com os amigos, aproveitando as bombas do quintal de casa. Valeu demais a vibe galera”, celebrou Biludo.

“Estávamos nos sentindo no Havaí”

Até alguns dos locais mais experientes de Camburi ficaram surpresos com a sessão de gala na Laje do Sorriso, que não quebrava há bastante tempo. Eles enviaram depoimentos ao Waves sobre como foi a sensação de poder desfrutar desta onda rara.

“Acordei cinco e meia da manhã. Falei com os moleques e a galera estava meio dormindo ainda. Eu estava pressentindo que tinha umas ondas num secret que conheço. Peguei a bike, duas pranchas debaixo do braço. Saí pedalando, cheguei no secret e não tinha onda, não estava legal.

Encontrei o Dib no caminho, voltamos para casa e os moleques falaram que tinha umas ondas em Camburi, chamando para cair todo mundo. Cheguei em casa, passei a parafina na 8’2. Todo mundo de prancha grande, naquela adrenalina. É um surfe totalmente diferente, foi muito bacana, bem divertido. Com aquela sensação que ia tomar na cabeça e ser varrido.

A cada onda que a gente pegava, tentava ao máximo não tomar na cabeça na volta. Quando a galera tomava tinha que dar uma volta de 500 metros para retornar ao fundo. Foi um dia muito legal. No final estava todo mundo quebrado!”, conta Robson Santos.

“Depois de muito tempo sem surfar no Sorriso e na Bolha fui presenteado em poder pegar nos dois pico em seguida no mesmo dia com os amigos. Vivência esses dias com os amigos não tem preço, todo mundo tirando a poeira das gunzeiras. Foi irado, estávamos nos sentindo no Havaí”, relata Wenderson Biludo.

“Camburi estava de gala, fazia muitos anos que não víamos ondas daquele tamanho com uma formação tão perfeita. O sentimento de surfar essas condições em casa é inexplicável. Foi com certeza um dia que ficará gravado para sempre em nossas memórias”, celebra Pedro Dib.

Acompanhe o fotógrafo no Instagram @munirelhage.