SUP Wave

Entrevista – Tom Carroll

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Tom Carroll, Teahupo’o. Foto: Ryan Heywood.

 

Como foi a experiência de surfar Teahupo’o de SUP?

Foi uma experiênciua incrível, e eu não esperava que seria tão bom. Viajei ao Taiti com um quiver de pranchas de surfe e de SUP e não esperava surfar muito de stand up por lá. Fazia 9 anos a última vez em que visitei o Taiti. Ao longo desses anos, nem imaginaria que surfaria de SUP as ondas de lá, especialmente Teahupo’o, mas, foi uma experiência incrível, realmente desafiadora.

Sabia que andando com o Raimana (Van Bastolaer), que ama surfar aquelas ondas de SUP, isso iria acabar acontecendo. Além disso, ver caras como o Laird (Hamilton) e o Poto (Vetea David) em ação naquele pico me estimulou muito e queria ver como minha linha de pranchas “Tom Carroll Paddle Surf SUP” se sairia naquele mar. Surfei com uma 8 pés que se saiu muito bem. O “nose” da prancha funcionou perceitamente para entrar nas ondas.

Qual o maior mar que você surfou lá?

Não estava grande. 6 pés, mas isso é o suficiente! (risos)

Você tem que lembrar que você está remando em pé, olhando diretamente para a base da onda, que, no caso de Teahupo’o, fica abaixo do nível do mar. É assustador. Além de todo aquele volume de água se movimentando com muita energia. E, no caso de um SUP, que tem uma área maior do que a de uma pranchinha, causa mais arrasto, mais resistência. É muito perigoso e você tem que ter noção exata do que está fazendo ali.

Nesse dia havia dois brasileiros de SUP na água que estavam mandando muito bem (nota: possívelmente Lucas Medeiros e Caio Vaz, que estavam no Taiti na mesma época).

Jamie Mitchel também estava lá, e surfando muito bem também. Então, havia alguns caras experientes na água e isso foi bom para encorajar a todos, e também me ajudou no posicionamento, pois era minha primeira vez de SUP por lá. Foi realmente uma grande sessão.

Quantos SUP’s você levou para o Tahiti?

Eu levei dois SUP do para o Taiti. Minha 8’0” modelo “Loose Leaf plus” e a “Haydenshapes” que está em fase de testes.

São pranchas que, mesmo sendo do mesmo tamanho, apresentam bastante diferença de outline e medidas. Ao final, a “Loose Leaf plus” fucionou muito bem lá.

Que configurações de quilha você usou?

Em ambas as pranchas eu usei tri quilhas “2 + 1”, com a quilha central modelo “Tom Carroll Paddle Surf”, que funcionou muito bem.

Qual foi a sua impressão geral sobre encarar Teahupo’o de SUP?

Em primeiro lugar, jamais imaginei que iria surar essa onda de SUP. Fiquei impressionado pela maneira como o SUP é popular no Taiti e conduzido pela “realeza” do surf local. Caras como Raimana e Poto que gostam de surfar ondas realmente desafiadoras com uma prancha e um remo. Isso foi o que mais me atraiu e me inspirou a encarar esse desafio. A verdade é que me senti muito intimidado com a ideia e a prática, mesmo nos dias relativamente menores em que eu usei o SUP. Eu amo a maneira como você entra na onda e a velocidade que o SUP atinge. E, com a prancha certa, quando você a encaixa no trilho, a sensação é incrível.

Você surfou de SUP em outras ondas do Taiti?

Sim, nós surfamos em outros recifes, mais ao sul de Teahupo’o. Uma esquerda que era menos intensa e mais manobrável.

Onde mais você surfou de stand up ao redor do globo?

Eu tenho surfado de SUP em quase todos os lugares da Europa, dos EUA – costas Leste e Oeste, além de Havaí, Nova Zelândia, Indonésia – Roti, Sumatra, Java e Bali…

Meu modelo preferido de SUP para surfar os mais variados tipos de onda é o Long Grain 10’4”, uma prancha polivalente que funciona muito bem tanto em ondas pequenas quanto grandes, mas também me diverti muito com a Loose Leaf 8’0” no Taiti. Essa prancha me proporcionou fazer curvas mais no crítico usando mais o remo nas manobras.

Entrevista publicada no site The Surfes Village.

Tradução: Luciano Meneghello.