Lollapalooza

Shows memoráveis

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Público comparece em peso ao festival Lollapalooza 2015. Foto: Divulgação
 

Performances explosivas, sensíveis e históricas marcaram o festival Lollapalooza Brasil 2015. Com os espaços completamente tomados por gente de todos os cantos, pronta para brandar com paixão as canções de suas bandas favoritas, a experiência no Autódromo de Interlagos foi perfeita no último fim de semana.

SKOL

Scalene comprovou que Brasília continua mantendo sua fama de celeiro de grandes bandas de rock que conquistam o país. Para continuar no mesmo gênero, os mexicanos do Molotov entram chutando a porta, no bom sentido. As letras politizadas e irônicas de canções como “Puto”, “Yofo”, “Gimme tha Power” agitaram os fãs. Do outro continente, Interpol chegou com boas lembranças. Paul Banks e companhia tocaram sucessos como “NYC”, “All the Rage Back Home” e “Slow Hands”.

Depois disso, a pista lotada só tinha olhos para a banda do sr. Foster. “Pseudologia Fantastica” foi a primeira da Foster the People. O setlist não abandou ninguém e teve “A Beginner’s Guide To Destroying The Moon”, “Pumped Up Kicks” e “Coming of Age”.

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Pharrell Williams cantou o hit “Happy” no Lolla 2015. Foto: Divulgação
 

Para encerrar a noite do Palco, o multifacetado Pharrell Williams colocou todo mundo para dançar com suas produções. Incansável, terminou com um coro oportuno e extremamente adequado de “Happy”.

ONIX

Direto de Natal para Interlagos, Far from Alaska mostrou seu rock forte, com riffs poderosos, sintetizadores marcantes, um vocal único e letras em inglês muito bem elaboradas. Os divertidíssimos ingleses do Rudimental vieram acompanhados do seu hino drum e bass-meets-soul, “Feel The Love”. The Kooks trouxeram sucessos como “Ooh La”, “Seaside” e “Junk of the Heart”. A programação do Palco encerrou com as batidas contagiantes de Calvin Harris. Quem disse que não dançou com “Summer”, mentiu.

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Calvin Harris agita a galera no autódromo de Interlagos em São Paulo. Foto: Divulgação
 

AXE

Doctor Pheabes é uma banda fiel. Com a mesma formação desde 1986, colocou jovens e veteranos para entoar suas músicas. Sempre com material de qualidade, Recife nos enviou “Mombojó” para agitar com seu ritmo e sotaque. O trio paulista “O Terno” tem personalidade própria, desde o visual, passando pelo rock n’ roll intenso e chegando a uma pegada sessentista. O experimentalismo pontuou o palco, que também teve Three Days Grace carregando o público delirante em “Animal I Have Become” e “I Hate Everything About You”.

Vamos combinar que não é nenhum exagero dizer que Pitty é a musa contemporânea da música brasileira. “Sete Vidas” e “Me Adora” foram algumas músicas representativas de sua voz forte e composições apaixonantentes. Young the Giant também tratou de envolver muito amor, com “Cough Syrup” e “Mind Over Matter”, por exemplo.

The Smashing Pumpkins foi estrondoso. Começou com “Cherub Rock” e não deixou de tocar sucessos como “Tonight, Tonight”, o emocionante “1979”. Billy Corgan comandou uma noite agradável e animada, com direito a mensagem de parabéns para Perry Farrell, aniversariante do dia.

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O vocalista Billy Corgan, do Smashing Pumpkins. Foto: Divulgação
 

PERRY

Sem rótulos, o duo de DJs Fatnotronic fez a tarde de todos dançante. A viagem visual de Victor Ruiz AV Any Mello é a mostra de que os brasileiros não ficam para traz. Batidas alucinantes, baixo estrondoso e frenéticas melodias deram o tom da dupla Big Gigantic. Carnage deixou bem claro porque é headliner no circuito de festivais, não poderia ser diferente no Lolla. Com influências de indie, progressivo e música pop, The Chainsmokers mostrou um remix de “Bang Bang” de Nancy Sinatra para ninguém colocar defeito. Childish Gambino fez sua mistura única de gêneros hip-hop e lírico, preparando o terreno para Steve Aoki, que encerrou o Palco com todo seu futurismo.

Primeiro dia

SKOL

A banda Baleia abriu a programação com suas canções repletas de letras originais. Para seguir nesse mergulho, o trio da Banda do Mar, Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Fred, abriu o show com “Cidade Nova”. Depois, “Me sinto ótima” e “Velha e Louca” mostraram todo o amor do relacionamento da banda com o público. Em seguida, Joe Newman, do Alt_J, alterou seu status para “em relacionamento sério com a bandeira brasileira”.

O público ouviu o chamado de Robert Plant. Com a autoridade que lhe pertence, “Babe, I’m Gonna Leave You” ofereceu toda a empolgação possível para os expectadores. Do disco recente, cantou “Rainbow” e “Little Maggie”. “Black Dog”, “Going to California” e “Rock and Roll” para provar que as obras criadas nos anos 70 são atemporais. A linda voz do ex-Led ainda repetiu “galera” diversas vezes. Jack White foi recepcionado por balões azuis para brandar “Baby Blue”. Ao som de violinos, cadenciado pela bateria e ovacionado pelo público, também cantou “Hotel Yorba” e “Temporary Ground”. Ainda teve espaço para um cover do lendário Howlin’ Wolf.

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Robert Plant tocou hits antigos do Led Zeppelin. Foto: Divulgação
 

ONIX

Para agitar quem chegou cedo, o rock brasileiro da Bula estreou no festival. Fitz And The Tantrums enlouqueceram o público com o hit “The Walker”. Michael Fitzpatrick e Noelle Scaggs duelaram com belos vocais e fizeram os fãs pularem. Ainda rolou uma versão de “Sweet Dreams” para deixar a Annie Lennox orgulhosa. Depois veio Kasabian com “Club Foot” no repertório e uma cover eletrizante de “Praise You”, do Fatboy Slim. Já o Skrillex fez um show absolutamente sensorial, hipnotizando o público que não parou de dançar um segundo sequer. E ainda foi pra galera tirar selfies com o público já completamente ensandecido.

AXE

Os santistas da Zimbra mostraram suas credenciais enquanto a galera já tomava conta de todo autódromo. Já os goianos psicodélicos da Boogarins atacaram com “Lucifernandis”. Na sequência, Nem Liminha Ouviu chamou ninguém menos que Clemente para cantar “Surfista Calhorda”. St. Vincent mostrou que não toca guitarra, faz mágica; não se apresenta, brilha. Os fãs foram ao delírio com “Digital Witness”. Marcelo D2 não deixou por menos: fez um show agitado e com várias participações, fechando com os clássicos do Planet Hemp. Kongos atacou de “Blue Monday”. Encerrando a noite, o Bastille já chegou tocando o hit “Bad Blood” e conquistando de vez a galera. E terminou com a dobradinha “Of the Night” e “Pompeii”.

PERRY

A brasileira (e mundial) Anna mostrou seu talento de menina prodígio ao colocar a galera para dançar. Vintage Culture, do Lukas Ruiz, foi ao palco em seguida. Para animar em dobro, os jovens E-cologyk e Jakko dividiram o palco. E logo o fenômeno francês DJ Snake não diminuiu o ritmo. O mesmo fizeram Dillon Francis e Ritmo Machine. Para fechar, Major Lazer disse que agora sabe o que é açaí na tigela. Mas sua especialidade mesmo é fazer os fãs enlouquecerem.