Litoral paulista

Segredo de estado

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A busca pela onda perfeita é o combustível que abastece os surfistas. Nessa vibe, um grupo de amigos resolveu encarar alguns perrengues para surfar por dois dias um secret no Litoral Norte (SP). 

 

A combinação de swell, sol e pouco vento motivou a barca. No time: os free surfers Everton Silva e Wagner Garcia (primo Gery), os profissionais Alexandre Costinha e David Silva, o fotógrafo Renato Leonardi e o nosso amigo Pedro Tortuguitas, que está começando no surf.

 

Tudo foi combinado de última hora. Iríamos para o secret e retornaríamos no mesmo dia. Depois de debater o tema, decidimos estender a barca. O plano era acampar no pico e aproveitar as ondas por dois dias. 

 

Partimos na terça-feira (21/9) às 5 horas da manhã. Depois de rodar pela BR-101, entramos em uma via secundária que nos leva ao início de uma estrada de terra, cheia de pedras, buracos e muita lama. 

 

Depois de passar dificuldade na estrada, abandonamos o carro no meio da Mata Atlântica e iniciamos uma trilha sinistra. Ela leva cerca de duas horas para ser percorrida. 

 

Não existe nenhum sinal de civilização por perto. Percorrermos a trilha e chegamos ao pico. Estávamos cansados, cada um carregava mochila com roupas e mantimentos, além de duas pranchas.

 

Na praia, o visual foi surreal. Um lugar paradisíaco, quase intocado pelo homem. Para animar ainda mais, altas ondas rolando no canto da praia, ao lado das pedras.

 

Largamos a bagagem embaixo das árvores e caímos no mar. Durante o dia, com a variação de maré, a condição melhorou bastante. Surfamos ondas tubulares que ultrapassaram 1 metro.

 

Fizemos várias quedas. Só amigos na praia e altas no outside. No final da tarde, arrumamos o acampamento, pegamos lenha para fazer o rango e nos manter aquecidos durante a noite. 

 

Quando anoiteceu, a lua cheia nos agraciou com sua luz e podíamos enxergar como se estivesse dia. Jantamos macarronada sentados na beira do mar vendo as ondas rolarem perfeitas. Um visual que jamais esqueceremos.

 

Acordamos bem cedo, passamos um cafézinho, e logo depois fomos para a água. O mar havia abaixado um pouco, mas manteve a boa formação e garantiu nossa diversão.

 

Era hora de voltar pra casa. Exaustos, quebrados do surf e da trilha, com aquela sensação de missão cumprida. Na volta, passamos pelos picos tradicionais. Perto de casa, paramos para tomar uma cervejinha bem gelada e comemorar. 

 

Sinta a vibe da trip na galeria de fotos da barca.