Caio Vaz

North Shore com tempero carioca

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O surfista Caio Vaz, 16, talento da nova geração carioca, está de malas prontas para voltar do Hawaii, onde treinou na meca do surf mundial.

 

Caio, que também é ator e modelo, curtiu sua terceira temporada no arquipélago e pegou altas em Pipeline, Off-The-Wall, Sunset, entre outros picos.

 

Na entrevista abaixo, o jovem atleta conta um pouco da experiência que adquiriu na temporada e relata o perrengue mais sininstro que passou.

 

Quando você chegou ao Hawaii e quando volta para o Brasil?

 

Cheguei aqui no final de janeiro, mais precisamente no dia 24 e volto no dia 4 de março.


Quantas vezes você já foi para o Hawaii? Esta temporada está sendo diferente?

 

É a minha terceira temporada. Acho que por estar mais velho e ter conhecido outras ondas tão sinistras quanto às daqui, estou buscando pegar ondas maiores, mas sempre dentro do meu limite.


Qual foi a melhor queda da viagem?

 

Acho que não teve a melhor caída. Todas são boas, mesmo não se dando muito bem. O mais importante é que sempre acabo aprendendo alguma coisa. Mas já peguei altas em Pipe, Off-The-Wall, V-land e Sunset.


Teve algum dia em que você entrou no mar e viu que a situação estava séria, no limite?

 

Teve sim, em Pipe. Na verdade entrei no mar e achei que estava tranquilo. Fui ficando cada vez mais a vontade, pegando várias para o Backdoor e me posicionando mais embaixo.

 

Acabou que veio uma série de Banzai varrendo todo mundo. Na primeira o caldo não foi tão ruim, mas o mal foi que fui varrido mais para baixo do pico e acabei tomando uma três bombas exatamente na minha cabeça. Sai da água meio mal, mas por sorte não me machuquei e nem quebrei a prancha.

 

O que você faz quando não tem ondas?

 

Dou uma voltinha de skate no Banzai Skate Park ou pratico corrida.


Como é o seu dia-a-dia no Hawaii?

 

É bem surf. Sempre que tem previsão de boas ondas acordo cedinho e parto para a primeira “caída”, por isso tenho dormido cedo. Quando não tem onda fico mais tempo em casa, dou umas voltas de skate e dou umas boas corridas também.

 

Qual o quiver que você está usando?

 

Trouxe seis pranchas: 5’9’’, 5’10’’, 5’11’’, 6’1’’, 6’6’’ e 7’0’’ sendo que a 6’6’’ já quebrou. Fora essas, quando rola Waimea surfo com uma 10’6’’.


Quem são os surfistas que você viu se destacando na temporada?

 

Tenho visto o Cleyton Nunes e o Diego Santos se jogando para dentro de altos tubos.

 

Na sua opinião, quem são os mais atirados da nova geração?

 

O Yan Daberkow dropou umas bombas, o Lucas Silveira também. O Yan Guimarães, de Saquarema (RJ), está atirado, entrando em vários mares pesados e dropando boas ondas. O Kona Oliveira, que tem 11 anos, entrou em vários mares também.

 

Qual a maior dificuldade para surfar no Hawaii?

 

Com certeza é o crowd.


Entre os brasileiros, quem você apontaria como destaques da temporada?

 

O Yan Guimarães, Diego Santos, Cleyton Nunes e o Felipe “Gordo” Cesarano.