Ilhabela in Jazz

Festival à beira-mar

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Apresentação da Banda Mantiqueira no festival Ilhabela in Jazz 2015. Foto: Ilhabela in Jazz / Facebook.

 

Às 20 horas do dia 12 de outubro, Robson Nogueira e seu trio inauguram a quarta edição do festival Ilhabela in Jazz. Artista local, o multi-instrumentista dá as boas-vindas ao público e aos artistas, unindo jazz, música contemporânea brasileira e composições autorais. Um destaque prata da casa na abertura do evento já é tradição no festival de jazz gratuito de Ilhabela, que segue até depois da meia noite do dia 15 de outubro, sábado.

Com curadoria e line up assinados por Paulo Braga, realização da Prefeitura Municipal de Ilhabela, produção da Articular e apoio da Associação Comercial de Ilhabela, o festival transporta a atmosfera de um autêntico clube de jazz para um espaço à beira-mar, instalado no centro histórico da cidade, com serviço de bar impecável com mesas e garçons, sob uma cobertura transparente com vista para o céu e com lua crescente, quase cheia. Eis o ambiente que receberá os interessados em conferir shows gratuitos de artistas de diferentes nacionalidades, gerações e vertentes que fazem o melhor da cena contemporânea. O camaronês Richard Bona, considerado um gênio do baixo e já comparado a George Benson e João Gilberto pelo L.A. Times, faz ali a única apresentação no Brasil da turnê mundial de lançamento de seu álbum Heritage. Ele chega do Japão acompanhado da banda Mandekan Cubano.

 

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Richard Bona, Londres, 2016. Foto: Mark Allan.

 

Ainda no old school vindo além fronteiras nacionais, está o mestre Cesar Camargo Mariano, coisa nossa, radicado em Nova York, ele vem em formação de quarteto. Do Arizona vem Stanley Jordan, que fará show com seus impecáveis parceiros brasileiros, Ivan “Mamão” Conti (bateria) e Dudu Lima (baixo acústico, elétrico de 4, 5 e 6 cordas e fretless), que formam o trio com o fera do fusion há mais de doze anos em gigs no Brasil. Seguindo a linha daqui, dali e de todo lugar, há ainda Raul de Souza, herói do trombone, apelidado de Benjamin Button, pois aos 82 anos comprova o sucesso de sua dieta e máxima, “A música é o real alimento da alma”. Lembrando que, no caso dele, tal dieta, o alimento, ou a música, foi compartilhada com Pixinguinha, Sivuca, Baden Powell,  Sergio Mendes, Airto Moreira, Sonny Rollins, George Duke, Freddie Hubbard e Cannonball Adderley, entre muitos outros, de diferentes verves e gerações.

 

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Stanley Jordan e Dudu Lima, Virada Cultural 2014. Foto: Stanley Jordan / Facebook.

 

Por falar em gerações, o mestre Nelson Ayres reúne diversas delas em sua Nelson Ayres Big Band, composta por 16 solistas, alguns da formação original, outros espectadores de suas memoráveis apresentações e outros, ainda, que sequer haviam nascido quando o músico apresentou o conceito de big band na São Paulo dos anos 70 e 80, inspirando o Movimento Elefantes. E pensar que, nessa mesma época, nos primórdios dos anos 80, Ricardo Herz, aos 5 anos, começava a estudar música. O violinista, arranjador e compositor também integra o line up do festival com Michi Ruzitschka (violão 7 cordas) e Pedro Ito (percussão e bateria), integrantes da Ricardo Herz trio, composta em 2001 na Berklee College of Music, de Boston, e na ativa desde 2010. Se Herz começou aos 5, o baterista Edu Ribeiro esperou até os 8 anos para iniciar sua paixão. Hoje tem quatro Grammys Awards e fará duas performances no Ilhabela in Jazz. Uma  com Gian Correa (violão), Guilherme Ribeiro (acordeão) e Bruno Migotto (baixo), do Edu Ribeiro Quarteto, outra com o quinteto Vento em Madeira, com Tiago Costa (piano), Fernando De Marco (contrabaixo), Léa Freire (flautas), Teco Cardoso (sax e Flautas) e Mônica Salmaso (voz). A cantora é mais uma celebrada dose dupla na programação. Subirá ao palco também com os cinco clarinetistas do grupo Sujeito a Guincho, os virtuosos Diogo Maia, Luca Raele, Luiz Afonso “Montanha”, Nivaldo Orsi e Sérgio Burgani, que juntam suas experiências como autores, arranjadores, cameristas e solistas ao timbre inconfundível de Salmaso. E tem mais voz feminina do Ilhabela In Jazz: Vanessa Moreno. Com Fí Maróstica, a cantora leva para o litoral paulista o seu repertório-homenagem a Gilberto Gil, no formato voz e baixo. Minimalista e arrebatador, como comprova o disco Cores Vivas

 

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Ricardo Herz Trio, 2015. Foto: Ricardo Herz / Facebook.

  

O bamba bandonilista (de dez cordas) Hamilton de Holanda é igualmente arrebatador, mas é do mais, é maximalista. Ele que está nas notas e nos ritmos, do bandolim, desde a mesma idade que Ricardo Herz (o que você fazia aos 5 anos, aliás?), comemora os quatro anos do seu projeto Baile do Almeidinha, com a banda A Magnífica, composta por Guto Wirtti (contrabaixo), Rafael dos Anjos (violão), Thiago da Serrinha (percussão), Eduardo Neves (flauta, flautim e saxofone), Aquiles Moraes (trompete), Xande Figueiredo (bateria) e Marcelo Caldi (acordeon). Para dar voz a turma de excelentes instrumentistas, o escolhido foi Ed Motta, convidado especial do bailão eclético e brasileiríssimo, que encerra o Ilhabela In Jazz. Potência da música nacional, Ed Motta subirá ao palco por volta da meia noite do dia 15, para encerrar com chave de ouro e muito gogó esta quarta edição da festa gratuita do jazz em Ilhabela. O sábado promete. 

LINE UP: 

12/10

Robson Nogueira Trio

Edu Ribeiro Quarteto

Cesar Camargo Mariano Quarteto

 

13/10

Vento em Madeira

Raul de Souza

Stanley Jordan Trio

 

14/10

Ricardo Herz Trio

Mônica Salmaso e Sujeito a Guincho

Richard Bona e Mandekan Cubano

 

15/10

Nelson Ayres Big Band

Vanessa Moreno e Fi Maróstica

Baile do Almeidinha + Ed Motta

 

SERVIÇO:

Ilhabela in Jazz

12 a 15 de outubro de 2016

20h

Centro histórico de Ilhabela

 

Evento gratuito!