Quiksilver Saquarema Prime

Medina quebra recorde

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Gabriel Medina marca a melhor nota do Quiksilver Saquarema Prime 2013. Foto: Pedro Monteiro / Quiksilver.

Raoni Monteiro escapa da desclassificação na última onda da bateria. Foto: Pedro Monteiro / Quiksilver.

Altas ondas, várias manobras e muitas pranchas quebradas. O segundo dia de disputas do Coca-Cola apresenta Quiksilver Saquarema Prime na praia de Itaúna (RJ) foi intenso e marcado por show de Gabriel Medina. 

 

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Na sétima bateria da segunda fase classificatória, o atleta de Maresias, São Sebastião (SP), anotou a melhor nota do campeonato (9.83) e, de quebra, bateu o recorde da competição com o maior somatório (19.03). 

 

“Estou surfando por surfar, sem pressão. Voltei de uma lesão e, aos poucos, vou pegando mais confiança. A prancha também me ajudou (6’20’’). É uma prancha nova, mas encaixou certinho nesta condições”, disse Gabriel Medina. 

 

Quem também protagonizou um dos melhores momentos do dia foi o local de Saquarema Raoni Monteiro. Faltavam apenas 2 minutos para termino da bateria de número 2 (segunda fase) e o Top mundial estava em quarto. 

 

Quando todos achavam que não iria dar certo, ele surpreendeu. Não foi uma onda perfeita, mas acertou duas boas rasgadas, que garantiram a nota 4.93. Com a somatória (10.50), Raoni conseguiu terminar em segundo lugar, atrás do australiano Perth Standlick, que totalizou 14.67. 

 

“Só termina quando toca a sirene. A galera estava lá atrás esperando as ondas, aí remei um pouco mais pra baixo porque sabia que precisava de uma nota baixa, remei, remei, entrei na última e vim surfando até onde deu. Senti minha prancha um pouco grande porque tinha surfado com uma 5´11´´ na outra bateria, essa aqui é uma com 6´00´´e ficou meio grande, mas deu tudo certo e estou feliz pela classificação”, disse Raoni. 

 

Outro brasileiro que deu o que falar em Saquarema foi o pernambucano Bernardo Miranda. O atleta quebrou a prancha duas vezes no mesmo dia. No primeiro momento ele fazia o free surf na madrugada de Itaúna. “Entrei na água e ainda não era 6 horas. Fui um dos primeiros. Logo na primeira onda minha prancha quebrou no meio”, contou. 

 

Durante a competição foi ainda pior. Na primeira bateria da segunda fase, antes de chegar ao outside, Miranda perdeu a segunda prancha depois de enfrentar um bomba de 2,5 metros. “Por sorte ainda estava no começo da série e consegui pegar uma 6’10’’.  Depois disso, peguei duas ondas (8.43 e 5.27) e torci para conseguir passar a bateria. Por sorte fiquei em primeiro. Nesta condições, três manobras bem executadas já garantem boa pontuação”, comemorou Miranda.

 

Quem também se classificou com grande dose de emoção foi o carioca Simão Romão. Na última bateria do dia, o surfista local do Arpex , que bem perto da buzina final ocupava a quarta colocação, conseguiu achar uma onda que lhe valeu um 8,30 e a vaga entre os 24 melhores.

 

“Tinha que ser assim, sofrido. Mas valeu a pena, estou muito feliz. Amanhã tem mais”, comemorou Simão.

 

A nota triste do dia foi à desclassificação dos brasileiros Willian Cardoso e Alejo Muniz. Os dois não encontraram boas ondas e entraram para suas respectivas baterias com pranchas pequenas, inadequadas para as fortes ondas de Itaúna. 

 

Nesta quinta-feira foram realizadas 17 baterias – as últimas oito do round 1, além de nove da segunda fase –  que definiram os 18 primeiros surfistas, sendo cinco brasileiros, que avançam para o round dos 24 melhores. 

 

Na manhã desta sexta-feira, as baterias acontecem a partir das 7 horas, com as três últimas baterias do round 2, de onde saem os outros seis atletas que continuarão na competição que prossegue até este domingo. 

 

Os brasileiros Heitor Alves e Wiggolly Dantas estão nessas séries.