Tempos atrás, conversando com Jorge Porvilho, surfista e pescador local do pico de Matinhos, ele me contava sobre
um grande sonho que tinha, de ver as ondas do pico fotografadas de um ângulo diferente, de um ângulo que
ele via de sua canoa quando saía todo dia de manhã cedinho para a pesca.
Geralmente, a onda do pico, quando fotografada das pedras ou do deck de madeira, não proporciona a impressão verdadeira do que está acontecendo na água.
O real tamanho e potencial dos tubos que quebram atrás da laje somente podem ser apreciados pelos surfistas que estão dispostos a encarar a força da correnteza nos dias de ondas no pico.
Havia alguns dias que estávamos monitorando o swell para fazer essa sessao de fotos, e na terça-feira recebi em Curitiba uma ligação do Porvilho, às 5:30 da manhã, me dizendo que estava em frente ao pico e que achava que hoje seria o dia para ancorar a canoa em frente às ondas e fazer as imagens.
Antes das 6 eu já estava na estrada rumo a Matinhos, na expectativa de como estariam a condições do pico.
A onda do pico tem uma qualidade incomum, é uma pista de treino, oferece seções para os mais variados estilos de surf e é impressionante a performance dos surfistas locais.
Nesse dia das fotos, atletas como Jorge Porvilho, Pericles Dimitri, Alessandro Schmitz e Peterson Crisanto estavam apresentando um surf de altíssimo nível, como podem conferir na galeria de fotos.
Eduardo Rosa fotografa para EllementWater e conta com o apoio da Wellcome Surf Trips e Espaço Surf Curitiba.
